Carros
A volta de Kimi Raikkonen, e a 2ª vaga da Lotus Renault GP
Primeiramente quero pedir desculpas pelo atraso em falar sobre este assunto. Um dia depois é muito tempo para uma notícia como esta. Mas é que realmente eu ainda não tive tempo.
Kimi Raikkonen, campeão do Mundial 2007 de Fórmula 1, está de volta à categoria! Ele saiu no final de 2009, fazendo um acordo com a Scuderia Ferrari, para esta poder ter um cockpit vago para o bicampeão Fernando Alonso. Certo, isso todo mundo já deve saber (Rs). O "Iceman" (como é chamado, por ser um homem calado, frio, que vive num lugar frio, e mesmo assim adora sorvetes, picolés etc - Rs) foi contratado pela Lotus Renault GP ontem de manhã, o que já era previsto, porque o pessoal da imprensa estrangeira estava falando muito sobre isto no voo do Brasil para Londres, após o GP de Interlagos.
O que esperar do Raikkonen? Bom, quando ele deixou a Fórmula 1, já não era mais tão bom. Posso dizer que Felipe Massa carregou o time de Maranello nas costas até seu grave acidente nos treinos para o GP da Hungria de 2009, que como todos devem se lembrar, foi quando uma mola do carro da Brawn GP pilotado por Rubens Barrichello se soltou, acertando a cabeça de Massa (que estava correndo logo atrás em seu carro) com a força de uma bala de metralhadora. No final daquela temporada, Kimi saiu, e depois foi para o WRC (Mundial de Rali), e também fez algumas corridas nas categorias de base da NASCAR, a Stock Car americana. Mas agora o piloto finlandês parece estar motivado, e com saudade de correr na Fórmula 1. Porém terá que se acostumar com os novos pneus, e o DRS (asa traseira móvel), O KERS ele já conhece, da temporada 2009. E também tem os circuitos novos que ele não conhece.
A notícia é essa, mas tem muita coisa por trás, e consequências para a volta dele. O 2º cockpit da Lotus Renault GP, por exemplo, com quem fica? Um dos motivos para a equipe ter procurado Raikkonen, é o fato de ele ser um piloto experiente e campeão, já que Robert Kubica não poderá mais voltar em março. Robert sofreu um grave acidente de rali durante a pré-temporada 2011 de Fórmula 1, e não pôde correr ao longo do ano. Então no primeiro semestre quem fez dupla com o russo Vitaly Petrov pilotando os dois R31, foi Nick Heidfeld, mas este não estava dando resultados muito satisfatórios, e também não levava dinheiro para a equipe, que estava (e talvez ainda esteja) em um momento ruim, financeiramente falando. Então nas últimas corridas do ano, quem pilotou o outro R31 foi Bruno Senna, que conseguiu alguns patrocinadores, causando uma certa nostalgia nos fãs de seu tio. Ayrton Senna em seu segundo ano de Fórmula 1, em 1985, foi para a Lotus, um carro negro com detalhes dourados, equipado com motor Renault. Anos depois, 2011, um outro Senna começou a pilotar um carro mais moderno, mas com as mesmas cores, e com motor feito pela mesma montadora que fez os motores do tricampeão brasileiro naquele ano da década de 80, e ainda por cima, o capacete de Bruno é muito parecido com o de seu tio.
Pensando na temporada 2012, a Lotus Renault GP não poderia ficar com dois pilotos novatos como titulares. Porque tanto Bruno quanto Vitaly, entraram na Fórmula 1 no ano passado. A busca de experiência foi o que levou a equipe a contratar Heidfeld, mas como eu já disse, este não mostrava nem talento, e nem dinheiro. Kimi Raikkonen, além de experiência de campeão, deve trazer bons patrocinadores, e chamar mais a atenção de novos investidores para a equipe anglo-francesa.
Bons anos de experiêcnia de um piloto são necessários, para que ele possa dar um retorno aos engenheiros, explicando o comportamento do carro em determinada pista, com qualquer clima. Por isso é bom ter pelo menos um piloto na equipe que cumpra este requisito
E o problema com o 2º cockpit não foi resolvido. As opções são: Bruno Senna, Vitaly Petrov, e Romain Grosjean.
Vitaly Petrov: Em seu ano de estréia, 2010, mostrou não ter muito controle sobre o R30, batendo o carro em algumas etapas do campeonato. Mas trazia um bom dinheiro de seus patrocinadores da Rússia. Em 2011, ele evoluiu, logo na primeira corrida do ano, levou o R31 ao 3º lugar, um pódio que surpreendeu todo mundo. No início, o R31 era um carro superior até mesmo ao F150th Italia, da Scuderia Ferrari. Mas as semanas, e com elas os meses, foram passando, as outras equipe evoluíram, e logo a Renault Lotus GP já não tinha mais resultados tão bons quanto os apresentados no mês de março. O que já era ruim, piorou recentemente, quando ele em uma entrevista deu um tiro no seu próprio pé, reclamando muito do carro e da equipe, e como se isto fosse pouco, os patronicadores de Petrov estavam, aliás, estão atrasando os pagamentos da escuderia.
Romain Grosjean: É o atual campeão da GP2, principal categoria de acesso à Fórmula 1. Mas este francês não é o piloto favorito de seu povo, que prefere Vergne, piloto da academia de pilotos da Red Bull Racing, que nos últimos GP's treinou durante as sextas-feiras com os carros da Scuderia Toro Rosso, a "escolinha" da Red Bull. E há quanto tempo a França não fabrica um campeão de Fórmula 1? Hum? Assim é mais difícil conseguir patrocinadores em seu país, e como Vergne é mais querido, ele deve ter a preferência dos investidores de lá. Então na minha opjnião, é mais fácil Vergne ser titular da Scuderia Toro Rosso, do que Grosjean ser da Lotus Renault GP.
Bruno Senna: Apesar de ter perdido o costume de participar das corridas por não ter feito isto durante alguns meses, ele provou ser rápido nas classificações, e aprende rápido a dominar melhor os cavalos do R31, carro com o qual ele larga no meio do grid, e no ano passado correndo pela Hispania, seu fraco carro corria em um ritmo mais lento do que tudo o que já passou pela Fórmula 1 nos últimos anos. Procurando por mais pontos positivos, sabemos que, infelizmente, hoje nesta categoria o dinheiro é mais importante, e o Bruno tem alguns patrocinadores. E para melhorar ainda mais a sua situação, a Genii, grupo que é dono da equipe, está fazendo negócios no Brasil na casa dos US$ 10 bilhões. Isso mesmo, bilhões. Dinheiro do país de Bruno, o que deve dar a ele uma força dentro da equipe.
Há mais coisas relacionadas ao retorno de Kimi Raikkonen, mas isto já envolve outras equipes, então para não misturar muitos assuntos, e não deixar este post muito grande, falerei sobre as outras consequências em outro(s) post(s).
Um abraço!
@paulovitorpv8
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