As autoridades alemãs garantiram à Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) que oferecerão ajudas financeiras para a sobrevivência da Opel seja qual for a empresa que fique com a filial europeia da General Motors, e independente do modelo de reestruturação.
Berlim tenta, assim, acalmar à Comissão Europeia, que na semana passada disse ter "indícios significativos" de que a ajuda prometida pela Alemanha à Opel estava "condicionada" a que a Magna - que conta com o apoio do banco russo Sberbank - fosse a escolhida para obter o controle da filial da General Motors.
O porta-voz de Concorrência da UE, Jonathan Todd, confirmou nesta segunda-feira (19), em entrevista coletiva, que o governo alemão escreveu à General Motors e ao fundo que administra a Opel - com cópia para Bruxelas -, para deixar claro que a ajuda será oferecida independentemente do investidor escolhido e do plano de reestruturação deste.
Vários países que têm unidades da Opel, como Espanha, Bélgica e Reino Unido, tinham denunciado publicamente que a Alemanha tinha negociado com a Magna um tratamento mais favorável às fábricas em seu território, em detrimento das localizadas em outros países, em troca de um empréstimo de 4,5 bilhões de euros.
O porta-voz da Comissão Europeia disse que "a bola está agora com as companhias". Se estas decidirem, diante do novo compromisso de Berlim, que continuam apostando em vender a Opel à Magna, ou que escolhem outro comprador, "seria bom", disse Todd, mas precisou que isso também não significaria "o fim da história".
Assim, lembrou que a Comissão Européia ainda está à espera de que o governo alemão ofereça informação detalhada sobre as condições financeiras das ajudas que planeja dar à Opel.
(G1)