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Audi A4 2016 evolui em todos os sentidos
Sucedendo o Audi 80, o A4 começou a ser produzido em 1994, sendo o modelo mais compacto da montadora de Ingolstadt (Alemanha) até o A3 ser revelado, dois anos depois. No Brasil, o A4 Sedan começou a ser importado em 1995, e a Avant (perua), no ano seguinte. Entre 2000 e 2004, atravessou uma fase de pouca personalidade, inspirado até demais no A6 "vigente" (e olha que o design levava a assinatura de Peter Schreyer...), mas ganhou uma nova derivação, a Cabrio - uma das sensações do Salão de São Paulo em 2002. A geração seguinte, que perdurou até 2008, ganhou vida nova sobre a plataforma anterior (com estilo de Walter de'Silva, o designer do Alfa Romeo 156), participou do Need For Speed Most Wanted e originou uma versão Seat, o Exeo (que é produzido até hoje). Já o A4 atual foi apresentado há oito anos no Salão de Frankfurt (Alemanha), mas se manteve atualizado com o face-lift de 2012 e originou uma segunda família, a A5, composta pelo Coupé, Cabrio e Sportback.
Agora, o A4 se reinventa e chega à geração B9 (incluindo as encarnações do antigo Audi 80). Sob um primeiro olhar, tanto o sedan quanto a station wagon não diferem muito do estilo típico dos Audi (lembrando especialmente traços do A3 Sedan e do reestilizado A8), mas as modificações foram profundas, a começar pela carroceria até 120 quilos mais leve, mesmo com as dimensões discretamente ampliadas (4,73 metros de comprimento [2,5 cm a mais], 2,82 m de distância entre-eixos [doze milímetros a mais], largura de 1,84 m [1,6 cm mais largo] e altura inalterada de 1,43 metro), - graças à adoção de aços de alta resistência em sua estrutura e a cortes de peso em componentes como direção eletromecânica (-3,5 quilogramas), freios (-9 kg), cabos de alumínio e bateria (-6 quilos), subestrutura dos bancos (-9 kg), carpetes, pedais e dutos do ar-condicionado (-4 kg), transmissão (-16 kg), diferencial (-1 quilo), eixo frontal (-6 kg) e suspensão MacPherson (-8 quilos).
A berrante cor Vegas Yellow (adotada em modelos da Audi mais informais, como S1, TT, R8 e recentemente em uma série especial do S3 nos EUA), uma das 15 tonalidades externas disponíveis - há ainda as colorações Argus Brown, Cuvée Silver, Floret Silver, Daytona Gray (no pacote S line), Glacier White, Gotland Green, Manhattan Gray, Matador Red, Moonlight Blue, Scuba Blue, Monsoon Gray, Mythos Black, Brilliant Black, Ibis White e Tango Red - reforça o tom de novidade da nova geração, que tem grade Singleframe mais angulosa (ainda abrigando as quatro argolas da marca), faróis e lanternas com recortes ousados e luzes Matrix LED (que permitem o "movimento" das luzes de seta), novos estilos de rodas (que vão dos aros 16'' e 17'' de série aos aros 18'' e 19'' nas versões quattro e S line) e a traseira acomoda saídas de escape duplas (Avant) ou separadas (Sedan).
Já internamente pouca coisa lembra o A4 atual. O volante de raios angulosos (sendo o central metalizado) concentra os comandos de som, os comandos de ar-condicionado estão mais refinados; painéis de portas e console central lembram o novo Audi TT, porém diferentemente do cupê, que conta somente com o Virtual Cockpit (de 12,3 polegadas à frente do volante) para todas as funções que demandam visualização (quadro de instrumentos, GPS e sistema de som), há um display dedicado ao sistema MMI (aliás, com uma tela bem fina, de apenas 13 milímetros de espessura) com tela sensível ao toque de 7 polegadas e resolução de 800 x 480 pixels ou com 8,3 polegadas e resolução de 1024 x 480 pixels e operação pelo console central, como no Audi anterior - e o Virtual Cockpit é opcional...
O A4 2016 pode ser equipado com MMI Navigation plus, internet Wi-Fi LTE com velocidade de até 100 megabits por segundo, sistema de som da Bang & Olufsen com impressão de som tridimensional, 19 alto-falantes e potência de 755 Watts com amplificador de 16 canais; interface voltada a smartphones (que operem com os sistemas operacionais iOS 7.1 e Android 5.0 Lollipop ou superiores, através da entrada USB - item ainda raro nos carros da Audi) e interação com Apple Car Play, Android Auto, Google Play Music, Google Earth, Google Street View, iTunes, Pandora, Twitter, Spotify e WhatsApp, entre outros aplicativos; tablet traseiro de 10,1 polegadas com processador Tegra 40 NVIDIA, resolução de 1920 x 1200 pixels, memória interna de 32 GigaBytes ampliável com cartões microSD, câmera full HD; conversor digital para TV e DAB+ Radio, DVD Player, Bluetooth, entradas USB e para cartões SDXC, além de comandos de voz mais naturais: dizer "I want to call [nome da pessoa]" aciona o telefone; "Where can I fill up?" é o comando para buscar postos de gasolina, e "Where is the nearest Italian restaurant?", por exemplo, realiza uma busca de restaurantes.
A versão Avant passa a comportar 505 litros em seu porta-malas, ampliáveis para 1510 litros até o teto com os assentos traseiros rebatidos. O acionamento da tampa traseira é elétrico.
Desde o lançamento, a linha A4 já terá sete opções de motorizações disponíveis. Os motores a gasolina são o 1.4 TFSI (com turbo e injeção direta de combustível, rende 150 horsepower e 25,5 kgfm entre 1500 e 3500 rpm, força que, aliado ao câmbio automático S tronic de 7 marchas, leva o Sedan e a Avant de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e à velocidade máxima de 210 km/h, com consumo médio de 20,4 km/l) e 2.0 TFSI em "dois níveis": com 190 HP e 32,6 kgfm entre 1450 e 4200 rpm, ou 252 horsepower e 37,7 kgfm entre 1600 e 4500 rpm. Com o 2.0 menos potente, o A4 acelera de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos (sedan)/7,5 s (perua) e atinge 240 km/h (sedan)/238 km/h (perua); já com o motor mais forte, o sedan acelera de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos e a perua em 6 s, ambos com velocidade máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente, e consumo de até 17,5 km/l.
São quatro as opções movidas a diesel: 2.0 TDI em dois níveis de força (150 horsepower e 32,6 kgfm entre 1500 e 3250 rpm, com tempo de 0 a 100 km/h de 8,7/9 segundos, velocidade máxima de 219/213 km/h - para sedan e Avant, nesta ordem - e consumo de até 26,3 km/l) ou com 190 HP e 40,8 kgfm, que os leva de 0 a 100 km/h em 7,7/7,9 segundos e à máxima de 237/231 km/h, com consumo de até 24,4 km/l. Futuramente, serão apresentadas as versões ultra para os dois propulsores, com eficiência de combustível aprimorada (superior a 27 quilômetros por litro), além de uma opção 2.0 "detuned", com apenas 122 horsepower.
Já o 3.0 TDI seis-cilindros é o motor a diesel mais potente, podendo render 218 ou 272 horsepower e torque de 40,8 ou 61,2 kgfm (este último equipado exclusivamente com câmbio automático de 8 marchas tiptronic). Com a primeira opção, o A4 pode chegar a 23,8 kgfm, enquanto o segundo propulsor leva o Sedan de 0 a 100 km/h em 5,3 segundos e a Avant em 5,4 s, com velocidades máximas restritas a 250 km/h e consumo de até 20,4 km/l.
E além de todas estas opções, no fim de 2016 será lançada a Avant g-tron, movida a gás natural ou o novo combustível e-gas desenvolvido pela Audi. Seu motor 2.0 TFSI renderá 170 horsepower e 27,5 kgfm. Os tanques, localizados na traseira, podem carregar 19 quilos do gás comprimidos a 200 bar. Bastam quatro quilos do gás para rodar 100 quilômetros, com autonomia estimada em 500 km. Abastecido com e-gas, uma alternativa à gasolina que é extraída pela composição metânica de micro-organismos, é possível rodar mais 450 km.
Entre os itens de segurança, o novo A4 traz City Assistance (acima de 15 km/h, as luzes de LED nos retrovisores piscam "insistentemente" quando um veículo se aproxima rapidamente ou está em pontos cegos, a até 70 metros de distância), Parking Assistance (12 sensores e câmeras de 360 graus tornam o estacionamento muito mais fácil, bastando ao motorista atentar ao redor e dosar acelerador e freio), controle de velocidade de cruzeiro adaptativo (que seleciona uma de 5 distâncias a serem mantidas do carro da frente, freando e retomando a velocidade caso necessário; nas versões automáticas, opera de 0 a 250 km/h [!], nos manuais, pode ser ativado a partir de 30 km/h), Traffic-jam Assist (em velocidades acima de 65 km/h, gira automaticamente o volante guiado por sensores de ultrassom e câmera, porém apenas em estradas bem-pavimentadas e quando o tráfego estiver congestionado), Turning assist (em curvas somente à esquerda para carros com direção à esquerda e em baixas velocidades, de 2 a 10 km/h, ao se ligar a seta para o lado esquerdo o carro faz a curva sem o motorista precisar virar o volante), reconhecimento da velocidade exibida nas placas, da topografia da região e do tráfego à frente, entre outros recursos.
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