Carros
AVALIAÇÃO - DODGE DAKOTA 3.9 V6 1999
Já há algum tempo não tenho mais postado nenhum tipo de avaliação de carro usado qualquer, mas por pedidos dos leitores, volto a comentar sobre um carro usado, dessa vez, o carro que uso no dia-a-dia uma Dodge Dakota V6 3.9, cabine estendida, 1999.
Falar da Dakota é bem simples, e confesso que agradável, pois é um carro que está comigo há pouco mais de 3 anos, e só tem me dado alegrias.
Lembro que na época que comprei, alguns me chamaram de maluco, que seria loucura comprar um carro já fora de linha, com peças importadas, e aquele blá, blá, blá, todo que quem não entende nada de carro sempre fala... O único comentário válido é que o carro é grande, e achar vaga em estacionamento as vezes demora mais do que em um carro comum.
Pois bem, após meses procurando uma Dakota em bom estado, eis que encontrei uma em excelente estado de conservação, V6, manual, como eu queria... Para minha surpresa, na versão mais completa, com air-bag duplo, e muitos acessórios originais, instalados em concessionária, como o protetor de caçamba, lona marítima, couro, estribos com um desenho bem agradável, que da um ar esportivo ao carro. A suspensão levemente rebaixada, com amortecedores americanos, reguláveis, escapamento modificado para dar um ronco mais agradável aos ouvidos de alguém que gosta de ouvir a sinfonia de um 6 cilindros. Bom vou poupá-los da descrição pois é o carro que vcs podem ver nas fotos.
A Dakota V6 ao meu ver é o melhor custo benefício dentre as versões da Dakota, - 2.5 4cil gasolina | 2.5 4cil diesel | 3.9 V6 | 5.2 V8 - que foram vendidas aqui, pois é mais forte que as 4 cilindros, e não consome tanto quando uma V8.
Quanto à cabine estendida também vejo como excelente, apesar de que, quem senta atrás não vai com todo o conforto, mas pode-se considerar bem mais espaçosa que suas concorrentes, Ranger e S10, para quem quiser mais conforto no banco de trás, existe a versão 4 portas. Uma curiosidade, é que nas Dakotas estendidas, existem carros que consta no documento 3, 4, 5 e até 6 passageiros... no manual constam 6 lugares, sendo que existem cintos de segurança para os 6 passageiros.
Isso me faz lembrar outra curiosidade: existem documentos que constam na potência do motor V6, 175cv, 176cv, 177cv e 178cv... também não há uma explicação lógica para isso, já que todas vieram com absolutamente o mesmo motor.
Falando em potência, o motor V6 de 3.9 litros, não deixa a desejar, seja para quem roda na gasolina, ou para quem roda no gás. Não vou entrar no mérito da questão GNV x Gasolina, a minha roda no GNV, com um Kit Italiano, para motores de alta potência, e sou muito satisfeito com o desempenho dela.
Quanto ao consumo... bem... hmm... então... é um Dodge, nenhum Dodge nasceu pra ser econômico, mas confesso que sou bem satisfeito com o consumo dela, acho bem aceitável para o seu porte... Não gosto muito de falar em médias, pois varia muito o tipo de trânsito da sua cidade, topografia, modo como se conduz, clima, e muitos outros fatores, mas para dar uma base, vou falar da minha, que roda diariamente, pega bastante trânsito, e rodo bastante em lugares onde tenho que andar em primeira e segunda marcha, uso ar condicionado, sempre, faça frio ou calor, chuva ou sol, não lembro de tê-lo desligado nesses 3 anos, topografia basicamente plana... Meu carro, rodando na gasolina, faz em torno de 6km/l na cidade, e 9... 9,5 na estrada, dirigindo em velocidade constante... 80...100km/h. No GNV o consumo melhora um pouco, na cidade fica em torno de 6,5...7km/m³ e na estrada em torno de 10.. 10,5km/m³, vale lembrar que aqui em Joinville, hoje o GNV custa 1,99 o metro, enquanto a gasolina já está custando quase o dobro... sendo assim, rodar com ela no gnv, equivale no bolso ao rodar com um carro 2.0... 1.8 na gasolina... no fim das contas, sai barato rodar com um 6 cilindros.
O desempenho, mesmo rodando no GNV é bem satisfatório, seja na cidade ou na estrada, não fica pra trás de nenhum sedã médio 2.0, faz ultrapassagens com muita segurança, se precisar de motor, tem!
Por falar em sedã médio, certa vez eu li que quando esse modelo de Dakota foi projetado, o briefing previa que o carro tivesse uma dirigibilidade semelhante à de um sedã médio e isso de fato acontece, o carro é bastante confortável, estável, bem diferente de outras caminhonetes que já tive, ou tive a oportunidade de guiar, como a Blazer por exemplo, que em velocidades mais altas, torna-se um pouco instável.
Uma das coisas que mais me chama a atenção no carro é o nível de ruído: Zero! Um carro com 15 anos de uso, sem um único ruído em seu interior, é algo singular, típico padrão americano de construção. Mesmo sendo um carro montado no Brasil, consigo notar muitas semelhanças com carros mais caros da linha como seu contemporâneo 300m, por exemplo pela qualidade dos materiais empregados, a ergonomia, o tamanho e material empregado no volante, e outras coisas mais.
Por falar nisso, me lembrei também de detalhes curiosos, a Dakota assim como qualquer carro compartilha peças com outros de sua linha, o interessante é ver na Dakota detalhes dos carros maiores, como o 300m e o próprio Dodge Viper, como botões do vidro elétrico, chave, controle remoto, dispositivo para desligar o air-bag do carona, local onde se insere a chave, iluminado, chave de seta/limpador, a própria capinha da coluna de direção e regulagem da mesma, e tantos outros detalhes mais, como peças elétricas e de motor. Detalhes que tornam o carro ainda mais especial.
Quanto à manutenção, não tenho o que reclamar, trata-se de um carro com 15 anos de uso e quase 200mil km rodados, o carro não faz fumaça, não pinga uma gota de óleo sequer, não esquenta, não faz barulhos estranhos, não apresenta falhas, não tem qualquer problema desses típicos de carros mais velhos... Nesses 3 anos, claro, fiz alguns detalhes, manutenção preventiva em geral, como troca de cabos, velas, filtros, óleo, substituí 2 amortecedores dianteiros por 2 turbogás, o ar condicionado que vazou o gás, e o regulador de pressão (crônico nas Dakota, mas barato de se resolver), algumas coisas foram feitas pelo vendedor no ato da compra como a troca de 2 pivôs da balança, a bomba da água estava ruim, sensor de pressão de óleo... Resumindo, em 3 anos o carro não me custou muito mais do que mil reais em manutenção, o que eu considero baratíssimo, sendo que gasta-se fácil a mesma quantia em um gol, celta, uno, ka, por exemplo. No entanto sempre digo a mesma coisa, o carro não incomoda, mas é um carro em boas condições, vale lembrar que já vi Dakota do mesmo ano, em péssimo estado, e os donos gastando algum dinheiro para poder mantê-las. Lembrei-me também de uma matéria que vi no site da Revista Quatro Rodas, falando da Dakota, no Usado do Mês, lá eles mencionam, "a Dakota não gosta de oficina", e isso é uma realidade, é um carro de mecânica simples e confiável, não deixa você na mão.
Creio que o leitor já esteja de saco cheio de ler, então vou encerrando por aqui, com minha opinião, estou satisfeito com o carro, gosto muito dele, recomendo a compra para quem tem interesse em uma caminhonete média. Venderia? A resposta é Sim! Venderia para pegar uma Dakota V8 2001, mas somente se encontrasse uma em bom estado por preço condizente, caso contrário, fico com a minha que só me traz alegrias!
E você, tem uma Dakota? Gostaria de falar sobre ela? O Espaço é seu, comente!
Caso tenha alguma dúvida, comente ai embaixo, pergunte, compartilhe sua experiência, me escreva: [email protected] ou entre em nossa fanpage e deixe sua mensagem: facebook.com/carrosjoinville
Imagens: Arquivo Particular
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