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Avaliação - Fiat Bravo

Mesmo sendo um excelente veículo, o Fiat Bravo vem patinando nas vendas. Muito disso se deve à má fama da Fiat em segmentos que ficam acima da faixa dos R$50.000, caso dos hatches médios. Assim como o Linea, o modelo ocupa as últimas posições da categoria, embora em alguns momentos tenha esboçado alguma reação. Sucessor do Stilo, tem bons predicados e sem dúvidas é um dos melhores dentre os rivais.

O bom motor 1.8 16v E-Torq leva bem o Bravo em giros altos. Por ser pesado (1.300 kg), em baixas rotações o modelo pode decepcionar um pouco, mas os 132 cavalos de potência são valentes e cumprem bem seu trabalho. Há também o motor 1.4 T-Jet, que dá um excelente desempenho com boa dose de esportividade ao modelo. O câmbio manual de 5 marchas é o mesmo do restante da linha Fiat, tendo engates que às vezes se mostram pouco precisos. O automatizado Dualogic é bom, mas defasado diante da concorrência, que oferece câmbios automáticos legítimos ao invés de automatizados, como no Fiat.

Os materiais emborrachados predominam o interior do Bravo. O painel é agradável ao olhar e ao toque, tendo encaixes precisos e sem rebarbas aparentes. O acabamento é digno de um hatch médio, e está no mesmo nível da concorrência, estando até mesmo acima de alguns rivais. O espaço interno também é bom, com ressalva apenas ao caimento do teto que rouba espaço para a cabeça dos ocupantes.

As linhas harmônicas agradam bastante no visual exterior do Bravo. Os farois lembram muito os do Punto, a dianteira do geral também. A lateral tem linha de cintura ascendente com vincos próximos às maçanetas que vão até as lanternas. Aliás, a traseira é o item que mais agrada externamente. As lanternas circulares formam um belíssimo conjunto com o restante do veículo. É um dos desenhos mais acertados da categoria.

Com versões a partir de R$53.140, o Bravo oferece um dos melhores custo x benefício da categoria. Traz de série na versão de entrada Essence itens como ar-condicionado, direção elétrica, trio elétrico, airbag duplo, ABS, computador de bordo, entre outros. Completo e na versão 1.4 T-jet, que é Turbo, chega a R$66.280, sendo pouca coisa mais caro que a versão de entrada do Chevrolet Cruze Sport6. Com valores relativamente baratos perante os rivais, atrai muito pelo pacote de itens, porém sofre com o preconceito que a Fiat tem nesse segmento. Mas é uma bela opção a ser levada em conta na hora da compra.

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