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Avaliação - Hyundai HB20

A sensação do momento e um dos lançamentos mais esperados dos últimos 10 anos foi sem dúvida o Hyundai HB20. O pequeno hatch coreano foi projetado com inspiração no modelo europeu i20, com plataforma moderna e bons itens de série. Aqui, fez-se notar pelo design muito acima da concorrência e pelos preços de entrada com bom custo x benefício. Mirando o líder Volkswagen Gol, apostou num acabamento acima da concorrência e com boa motorização, além dos itens já citados acima.

No primeiro mês de vendas, o HB20 já estava entre os 10 mais vendidos do Brasil, acima de grandes nomes como Classic, Fiesta e Sandero. 50 mil pedidos foram feitos nos primeiros meses, muito acima do limite mensal da fábrica. A maior parte desses pedidos, como já é comum no Brasil, foi pelo motor 1.0. Esse propulsor é o mesmo do Kia Picanto, e possui 3 cilindros (12 válvulas). Apesar disso, ele anda muito bem na cidade, com um desempenho bem satisfatório para quem só roda em vias urbanas. Na estrada, se destaca o motor 1.6 16v de 128 cavalos, que também equipa o Veloster. Ele dá muito fôlego ao pequeno coreano, que vira um "foguetinho" à lá Jac J2. Vai de 0 a 100 em 9,3 segundos, melhor do que todos os concorrentes.

Por dentro, mesmo na versão mais básica, o acabamento agrada. Não é um primor, mas está sim um pouco acima dos concorrentes. O desenho do painel é bem atraente e diferente da tradicionalidade dos rivais. O plástico poderia ser melhor, pois é bem rígido, assim como Ford Fiesta e Vw Gol. A área central é o diferencial especialmente nas versões top de linha, pois tem textura agradável. O espaço interno não é nada fora do comum. Atrás, quem tem mais de 1,80 deve sofrer um pouco, mas nada diferente dos outros carros desta categoria. O porta-malas carrega 300 litros.

Está no desenho muito harmônico a principal arma de compra do HB20. Com os recentes lançamentos de Etios, Agile e Cobalt, que são tragédias no quesito design, o mercado carecia de modelos agradáveis ao olhar. Gol, Uno e Ka não são feios, mas são bem sem-graça. O Fiesta tem uma frente exagerada e a traseira é simples demais, destoando do restante do conjunto. O Onix não é exatamente feio, mas não é lá grane coisa. Assim, o hatch da Hyundai tem disparado o melhor desenho da concorrência. A frente agressiva e com farois puxados cobertos por máscara negra combinam perfeitamente com a traseira igualmente agressiva e bonita. É o que a Hyundai chama de "escultura fluida", já aplicada no Elantra e no novo i30. Os muitos vincos na carroceria fecham muito bem o conjunto.

Os preços não são ruins, mas estão altos se comparados à concorrência. Após o término do IPI reduzido, a versão de entrada passou a custar R$32.935, 1000 reais mais caro do que antes. Ao menos traz de série airbag duplo, fixação isofix para cadeirinhas, ar condicionado, computador de bordo, direção hidráulica e faróis com máscara negra. Completo, chega a caríssimos R$49.795 na versão Premium automática. Poderia ter ABS de série e baixar o preço da versão top de linha, pois com R$50 mil é possível comprar carros muito melhores que o HB20. Mas entre os concorrentes, ele se destaca. É o melhor da categoria, tendo como único ponto negativo o tamanho da rede autorizada.

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