BABA, BRASIL! - NOVO OPEL CORSA
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BABA, BRASIL! - NOVO OPEL CORSA


TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO


Na agora fatídica e traumática tarde de 8 de julho de 2014, enquanto o futebol da Alemanha aplicava a maior goleada (7x1) que o Brasil jamais tinha levado em uma Copa do Mundo e justo no torneio que ele mesmo organizou e tanto sonhou para isso, outros alemães mostravam mais uma superioridade sobre os brasileiros, agora na indústria automobilística.

A Opel apresentou as primeiras imagens e informações da quinta geração do compacto Corsa, que a subsidiária brasileira do conglomerado norte-americano preferiu aposentar na terceira e importar da Argentina o estranho e mal acabado Chevrolet Agile, que ainda por cima usa a plataforma da segunda geração do compacto europeu.


Se só agora que percebemos que o nosso futebol está ultrapassado em relação aos alemães, entre os carros, esta defasagem já está escancarada faz tempo e, assim como os cartolas do esporte, os executivos das montadoras aqui instaladas (que nem brasileiros e brasileiras são) se recusam a tomar vergonha na cara.

Comparado à quarta carroceria, que sequer foi lançada no nosso humilhado país, o novo Corsa pouco mudou em relação às linhas, que continuam altas e com coluna traseira cega na versão com quatro portas e na área envidraçada em semi-círculo na carroceria de duas portas. A plataforma até é a mesma, comprovada pela manutenção da distância entre-eixos (ainda não divulgada), embora o subchassi seja novo. Tudo para reduzir os custos de produção (lá também há controle de gastos, mas sempre com qualidade).  


A maior diferença na lateral pode ser percebida justamente no recorte das janelas do quatro portas. O de duas ganhou um pequeno aplique depois do vidro, como no Peugeot 208. Mas os vincos nas portas também são novos em todas as versões. E, claro, a frente e a traseira mudaram radicalmente. 


A grade ficou maior e mais baixa, bem no para-choque mesmo, e os faróis foram recortados em vírgula, sem deixar de avançar até a lateral e o capô, que ganhou um vinco em forma de U. O emblema é cortado por uma barra cromada, como é tradição na Opel (e também na inglesa Vauxhall). O visual dianteiro foi nitidamente inspirado no sub-compacto Adam. 


Já a traseira com lanternas horizontais segue o estilo do Astra (também bem avançado em relação ao nosso, que até 2012 era vendido como Vectra GT).


O interior é que passou pela maior evolução nesta nova geração. Na anterior era bem simples. O novo ganhou acabamento mais refinado com detalhes que simulam fibra de carbono e aparente revestimento macio no painel e nas portas. O design ficou mais horizontal e lembra o Citroën DS3. Mas a inspiração também veio do Adam, embora a saída central de ar deste seja redonda e a do Corsa, horizontal.


O quadro de instrumentos ganhou uma ampla tela de informação entre o velocímetro e o conta-giros. Mas o sistema multimídia está mesmo na tela de 7 polegadas da parte central do painel, que é sensível ao toque, tem GPS e se conecta com smartphones IPhone ou Android. A princípio funciona igual ao nosso MyLink, que na Opel se chama IntelliLink. 


Mas a lista de equipamentos é de matar o brasileiro de inveja (e de raiva), mesmo nos compactos premium: detector de objetos em ângulo morto, reconhecimento de sinais de trânsito, alerta de mudança involuntária de faixa, mudança automática de facho de luz do farol, indicador de perda de pressão nos pneus, indicador de distância para o veículo da frente, alerta de risco de colisão, câmera de ré, faróis de xenônio e assistente de partida em rampa (este último já usado no Fiesta). 


A motorização a gasolina da família ECOTEC também aderiu ao downsizing, como o tricilíndrico 1.0 turbo de 90 ou 115 cavalos e um 1.4 turbo de quatro cilindros de 100 cavalos e todos com sistema Start/Stop. Não faltaram os aspirados 1.2 e 1.4 e os movidos a diesel, sempre com turbo, chamados CDTI na cilindrada 1.3 e com potências de 75 e 95 cavalos. O câmbio terá seis marchas, seja manual ou automático. 


Enquanto a General Motors oferecer compactos como os Chevrolet Agile e Sonic, com motor beberrão e equipamentos obrigatórios a preços exorbitantes, o Brasil vai continuar levando goleada da Alemanha com seus carros modernos e mais eficientes. 






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