Categoria decide equipes que representarão brasileiros
Após um período de espera depois que as equipes Astromega e Eurointernational abandonaram a Fórmula Superleague, Flamengo e Corinthians tiveram definidos os pilotos que irão representá-los na temporada que começa no próximo fim de semana em Magny-Cours: o paranaense Enrique Bernoldi será o corredor rubro-negro e o amazonense Antonio Pizzonia continuará defendendo o Timão. Ambos já competiram na Fórmula 1 (veja mais abaixo).
As equipes também já estão definidas. A inglesa Alan Docking Racing levará as cores do Corinthians, enquanto o Flamengo ficou com a Delta/ADR, uma escuderia oriunda da união entre a também inglesa Delta e a equipe do clube paulista.
A CARREIRA DE BERNOLDI
Bernoldi, de 30 anos, foi campeão da Fórmula Renault em 1996 e disputou a Fórmula 3000 em 1999 e 2000. Após bons testes pela Sauber, o piloto foi convidado pela Arrows para estrear na F-1 em 2001. No ano seguinte, após grave crise financeira, a Arrows fechou e Bernoldi ficou sem vaga na categoria.
Em 2002 e 2003, o paranaense competiu na World Series, terminando as temporadas em sexto e terceiro lugares, respectivamente. Em 2004, assinou contrato para ser piloto de testes da BAR, mas, sem chances de disputar corridas, voltou ao Brasil, onde passou a correr na Stock, em 2007.
No ano passado, Bernoldi foi contratado pela equipe Conquest para correr na Champ Car, mas a categoria se uniu com a IndyCar e o piloto teve dificuldades, pois a escuderia precisou se adaptar às regras da outra categoria. Em 2009, Bernoldi voltou à Stock e vinha correndo pela equipe RCM até fechar para correr na Superleague.
A CARREIRA DE PIZZONIA
Pizzonia, que completará 29 anos em setembro, também teve passagem pela Fórmula 1. Após títulos na Fórmula Renault e Fórmula 3 ingletsa, ele estreou na categoria pela Jaguar em 2003, mas acabou dispensado depois que o tricampeão Niki Lauda, que o havia levado para o time, ter sido mandado embora.
O brasileiro, que era também piloto de testes da Williams, teve a oportunidade de disputar algumas corridas em 2004 no lugar do machucado Ralf Schumacher e obteve três sétimos lugares (Alemanha, Hungria e Itália). Na Bélgica, andava em terceiro quando o câmbio quebrou.
No ano seguinte, preterido por Nick Heidfeld para a vaga de titular, Pizzonia só teve novas chances em algumas provas no fim do ano, mas não foi tão bem e só marcou dois pontos com um sétimo lugar na Itália.
Em 2007, o piloto correu algumas provas de GP2 e Champ Car, mas no fim do ano estreou na Stock Car, onde até hoje compete. No ano passado, conciliou a Stock com a Superleague, após receber convite do Corinthians. Teve algumas boas atuações e conseguiu um pódio no ano de estreia.