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Carro elétrico deverá ajudar a China a alcançar vendas de 25 milhões de unidades

Com uma população de 1,5 bilhão de habitantes, não é de se espantar que na China tudo seja grandioso. Dos prédios com mais de cem andares às 15 linhas de metrô que cortam a cidade de Xangai, a indústria automotiva chinesa segue com previsão de crescimento de 6% em 2015, ou seja, chegará aos 25 milhões de unidades, sendo 19 milhões só de carros de passeio (lembrando que o mercado brasileiro fechou 2014 com pouco mais de 3,3 milhões).

Maior mercado automotivo e consumidor de petróleo do mundo, as mais de 70 marcas chinesas detêm quase 45% de participação no país - o título de veículo mais vendido do mundo pertence à uma chinesa, chamado Wuling Hong Guang. Vale lembrar que, entre todas as montadoras chinesas, no entanto, apenas cinco vendem mais que 100 mil unidades por ano. Em 2014, a Great Wall ficou em primeiro com 750 mil veículos, seguida pela JAC Motors, com 600 mil, e pela Chery com 550 mil.

O ritmo acelerado de compra de carros, porém, está sendo freado pelo governo há mais de duas décadas. As cidades que já atingiram o número máximo de emplacamentos (oito em todo o país) passaram a adotar um sistema de leilão de placas pela internet desde 1994. Por meio dele, a oferta por uma licença chega a 100 mil yuans, ou aproximadamente R$ 45 mil, mais o valor do carro. Em Xangai, por exemplo, a cota é de 12 mil placas por mês. O processo acaba fazendo com que nestas cidades, o comprador invista muito mais para adquirir um carro, formando uma frota de modelos grandes e caros (um Porsche Cayenne, modelo comumente visto nas ruas, custa 1,3 mihão de yuans, ou cerca de R$ 650 mil). Seguindo para o interior do país, o cenário muda, com muitas motos e modelos de R$ 15 mil.

Os carros elétricos, por sua vez, possuem facilidade de compra por parte do governo e estão livres do sistema de leilão. Enquanto nos EUA a aquisição deste tipo de propulsão tem 20% de incentivo, na China o número chega a 60%. A iniciativa tem como principal objetivo fazer com que o país use suas reservas de carvão (há quantidade suficiente para abastecer o território por quase 250 anos) e diminua a dependência pelo petróleo.

Diante da grandiosidade do Salão de Xangai, entretanto, conclui-se que não há medida governamental que vá brecar o crescimento chinês. Com mais de 1.320 veículos expostos por mais de 100 fabricantes diferentes, a feira é a maior prova de que a indústria automotiva chinesa continuará sendo um dos principais superlativos do país.

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Publicado no Verdesobrerodas

Origem: iCarros

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