Carros
Empresa suíça quer revolucionar carro elétrico
A empresa suíça nanoFLOWCELL desenvolveu um protótipo capaz de atingir os 380 quilômetros por hora, acelerar dos zero aos 100 em apenas 2,8 segundos e uma autonomia que pode chegar aos 600 quilômetros. Tudo isto, movido por um novo tipo de baterias que armazena energia numa solução de eletrólitos que se assemelha à água do mar. O resultado é surpreendente: chama-se Quant E-SportLimousine.
Já aqui falamos na tendência de futuro da tecnologia automóvel, ou em termos mais gerais, da locomoção de veículos. Mais tarde ou mais cedo, a indústria vai ter de abandonar os combustíveis fósseis e são cada vez mais as marcas que, a bem do consumo e do meio ambiente, apostam nos veículos elétricos — claro que pouco adianta se a energia usada para carregar essas baterias for obtida a partir de centrais a carvão.Por um lado, a conversão dos carros usados no dia-a-dia em veículos elétricos é uma prioridade, porque são eles os principais emissores de gases poluentes. Por outro, a fraca autonomia da maioria das baterias atuais ainda está longe de rivalizar com o sistema de combustão interna, porque demoram (ainda) muito tempo a carregar.Por isso, e embora os pequenos utilitários possam ser o principal alvo da indústria, é nos automóveis desportivos que esta tecnologia se tem revelado mais interessante. Sempre foi assim. Os supercarros são um balão de ensaio decisivo, todos os avanços neles alcançados, mais tarde ou mais cedo, acabarão por chegar aos automóveis comuns.A potência imediata disponível nos motores elétricos transforma estes novos automóveis em máquinas poderosas, capazes de acelerações fulgurantes. A norte-americana Tesla, por exemplo, está na linha da frente na produção de carros (e baterias) capazes de grande potência e cada vez maior autonomia. Mas a solução agora apresentada pela nanoFLOWCELL pode ser um passo em frente na revolução dos carroselétricos. E não é só pela extraordinária potência e autonomia.A rapidez do reabastecimento é fundamental para o sucesso desta tecnologia. Ao invés de “ligar o carro à corrente”, estas novas baterias são recarregadas não com energia elétrica, mas pela troca do líquido que contêm, um processo de reabastecimento que, quando estiver otimizado, pouco se diferenciará do sistema utilizado nas bombas de combustível tradicional.
Publicado em Verdesobrerodas
Fonte: Observador
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