O inglês Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais do Mundial de Fórmula 1, admitiu pela primeira vez que a categoria pode deixar de estar regida pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
Em declarações publicadas na edição de hoje do jornal "The Times", Ecclestone não descartou uma possível ruptura, apesar de recentemente ter rejeitado o fato.
Segundo a publicação, o dirigente está incomodado com as tentativas do inglês Max Mosley, presidente da FIA, em aumentar sua influência.
Ecclestone admitiu a possibilidade da ruptura no momento em que ele, as equipes da F-1 e a FIA negociam o novo Pacto de Concórdia, que viabiliza a categoria.
- Até o momento, não há acordo entre as equipes e a FIA. Elas podem fazer o que quiserem - afirmou.
- Por enquanto estamos tentando fazer de tudo para manter os patrocinadores contentes, ou seja, não rompermos com a FIA, mas isso pode ocorrer. Sou responsável perante nossos investidores, que aplicaram muito dinheiro. E sou o responsável diante das equipes e construtores, que investiram muito dinheiro - acrescentou o detentor da empresa que tem os direitos sobre a F-1.
Segundo Ecclestone, a FIA teria sérios problemas se não tivesse o dinheiro procedente da principal categoria do automobilismo.
Mosley, à frente da entidade, foi muito criticado desde o vazamento da notícia de que ele teria participado de uma orgia de temática nazista com cinco prostitutas, divulgada pelo jornal "News of the World".
Outras das razões pelas quais Bernie Ecclestone da F-1 gostaria de romper com a FIA é a insistência de Mosley em se manter no cargo. Apesar de tudo, no último dia 3 de junho ele foi ratificado pela Assembléia Geral Extraordinária da entidade.