A reunião do Conselho de Diretores da Ferrari, presidida por Luca di Montezemolo, discutiu nesta terça-feira a possível saída da montadora do Mundial de Fórmula 1. A antiga ameaça foi confirmada e a escuderia italiana vai deixar a categoria caso a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) não desista da adoção de um teto orçamentário que dividiria a F-1 a partir de 2010.
O teto proposto pela FIA é de 40 milhões de libras (cerca de R$130 milhões). A equipe que adotá-lo terá privilégios, como desenvolvimento ilimitado de algumas peças e utilização de motores evoluídos. Além da Ferrari, Red Bull, BMW Sauber e Toyota também ameaçam deixar a categoria.
"Pela primeira vez na Fórmula 1, a temporada de 2010 verá a introdução de dois diferentes regulamentos, com regras técnicas e parâmetros econômicos arbitrários. O Conselho considera que se esse será o regulamento da Fórmula 1 no futuro, então a participação ininterrupta da Ferrari no Mundial nos últimos 60 anos chegará a um fim", disse a Ferrari, em um comunicado.
Além de oficializar a ameaça de deixar a categoria, a montadora italiana também disparou críticas contra a FIA, discordando dos métodos utilizados pela entidade para definir as regras da Fórmula 1.
"O Conselho também expressa o seu desapontamento com os métodos utilizados pela FIA para tomar decisões de tamanha seriedade e a recusa em atingir um efetivo entendimento com os construtores e as equipes. Regras iguais para todas as equipes, estabilidade no regulamento e a continuidade da iniciativa da Fota para redução de custos são as prioridades para o futuro. Se esses princípios não forem respeitados e se o regulamento adotado para 2010 não for alterado, então a Ferrari não tem a intenção de colocar seus carros no próximo campeonato da Fórmula 1", completou a nota.