Fiat Freemont, SUV ou Minivan que copiou o Dodge?
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Fiat Freemont, SUV ou Minivan que copiou o Dodge?


  ?Eles oferecem status e diferenciação, elevada sensação de poder e valor agregado, além de serem mais aspiracionais. Isso ajuda a explicar porque o segmento dos SUVs está entre os que mais crecem no mercado?. A análise de Carlos Eugênio Dutra, diretor de produto da Fiat, realizada durante a apresentação do Freemont, na noite de quarta-feira (10). As 53,5% das ações da Chrysler nas mãos da Fiat, fez com que eles trabalhassem rápido e logo pegaram o Journey (à venda no Brasil desde 2008 e que em breve passará por um ?facelift?) da Dodge (marca pertencente à Chrysler), aplicaram algumas melhorias no crossover norte-americano e sem o menor sentimento de culpa ou preocupação com processos de plágio apresentou o novo Freemont, seu primeiro utilitário esportivo.
  Com o setor de utilitários em agitação, desembarcando por aqui carros como o Mitsubishi ASX e o Peugeot 3008, além do Sportege, em sua segunda geração, o Hyundai ix35, sucessor do Tucson e o do Honda CR-VLX. A ?cópia? da Fiat (único utilitário de 7 lugares no mecardo) será oferecida nas concessionárias brasileiras a partir do dia 20 deste mês em duas versões: Emotion (para cinco ocupantes), que parte de R$ 81,9 mil, e Precision (para sete ocupantes), que custa R$ 86 mil. A expectativa é que sejam comercializadas entre 1 mil e 1,5 mil unidades por mês do modelo fabricado na planta de Toluca, no México.
O Freemont vem com um motor 2.4 a gasolina de 172 cavalos de potência a 6.000 rpm e torque de 22,4 mkgf a 4.500 rpm. Trata-se do mesmo propulsor utilizado pelo ?aposentado? Chrysler PT Cruiser, mas com pequenas evoluções, especialmente materiais (há maior número de peças em alumínio). A transmissão, em ambas as configurações, é automática de quatro velocidades, com opção de trocas manuais pela alavanca. Ela também é derivada da marca de origem norte-americana. O "irmão" Dodge Journey continuará sendo oferecido no país, mas com motor 2.7 V6 (atualmente, a partir de R$ 107.900).
Design
Em termos de design, o Freemont não impressiona. Ele é igual ao Journey, apresentado por aqui em agosto de 2008. O modelo ganhou apenas alguns retoques, como nova grade frontal com símbolo da Fiat e lanternas traseiras com iluminação em LEDs. O resto é idêntico ao Dodge, inclusive os vincos marcantes, os ângulos agudos (nada de ser ?quadrado arredondado?, como dita a moda automobilística) e a linha de cintura elevada. Assim como o Journey, o Freemont tem personalidade.
Intes de Série e Acabamento Melhor que o Journey
O Freemont é superior que ?irmão? mais velho em questão de acabamento. As peças plásticas, cromadas e emborrachadas estão bem encaixadas e não apresentam rebarbas. Os bancos revestidos em couro (opcionais apenas para a versão topo de linha, assim como o teto solar) agregam requinte ao interior.
Em termos de equipamento de série, a versão de entrada Emotion traz ar-condicionado de duas zonas, duplo airbag frontal, freios com ABS (antitravamento), ESP (controle eletrônico de estabilidade), direção hidráulica, controlador de velocidade, rádio CD player com MP3, entrada USB e entrada auxiliar, faróis de neblina, volante multifuncional e rodas de liga leve de 16 polegadas.
A Precision oferece a mais os airbags laterais e de teto, ar-condicionado de três zonas, terceira fileira de bancos, rodas de liga leve de 17 polegadas, airbags laterais, sensores crepuscular e de estacionamento, retrovisores com recolhimento elétrico, regulagem eletrônica do banco do motorista, entre outros. Teto solar e bancos revestidos em couro são opcionais para a configuração topo de linha.
O painel de instrumentos, totalmente redesenhado pela Fiat, tem boa visualização e iluminação moderna. Na versão avaliada, a tela sensível ao toque do sistema multimídia tinha 8,4 polegadas. Porém, a versão que será comercializada inicialmente aqui será de 4,3 polegadas apenas, já que o fornecedor japonês da Fiat ainda sofre com o terremoto e o tsunami que atingiu o país asiático no início do ano. A tela maior deve chegar em 2012.
Espaço também é o forte do Freemont. Todos os ocupantes viajam sem problemas nas duas primeiras fileiras de bancos. Na terceira ? disponível também apenas na opção Precision ?, as pessoas de estatura mediana (até 1,75 m) também não encontram problemas com a cabeça ou com as pernas. As portas traseiras com abertura de 90° facilitam o acesso. Com os sete lugares ?armados?, a capacidade de carga é reduzida para 145 litros.
O motorista também é bem tratado. Com ajustes elétricos do banco, é possível encontrar a melhor posição ao volante sem dificuldades (destaque para a excelente visibilidade). A tarefa é facilitada com as regulagens de altura e profundidade da coluna de direção.
Acelerando
Na teoria, o SUV italiano baseado no crossover americano não empolga. Enquanto o Freemont traz motor de quatro cilindros 2.4 16V derivado do Chrysler PT Cruiser e caixa automática de quatro velocidades, o Journey trazia motor 2.7 V6 de 185 cv e transmissão de seis marchas. No entanto, quando se aperta o botão ?start/stop? (nada de chave no contato) e se pisa no acelerador, o Fiat agrada.
A primeira boa impressão fica por conta do silêncio na cabine. O isolamento acustico foi muito bem feito. Trafegando a 120 km/h, o velocímetro marca somente 2.500 rpm e é possível conversar com os demais ocupantes sem ter que levantar a voz.
Os 22,4 mkgf de torque disponíveis a 4.500 rpm são suficientes para ?empurrar? os cerca de 1.800 kg distribuídos pelos 4,88 metros de comprimento (2,89 m de distância entre os eixos). Também herdada da Chrysler, o câmbio de quatro marchas tem bons engates e consegue atender às exigências do motor. Um maior número de marchas, no entanto, poderia tornar o Freemont mais interessante ao volante.
A nova calibragem dos amortecedores e das molas privilegiou o conforto. E apesar de macia, a suspensão não permite a incômoda inclinação exagerada da cabine em curvas acentuadas ou frenagens bruscas. Para ajudar na manobrabilidade e, especialmente, na segurança, o modelo tem inúmeros sistemas eletrônicos, como freios com ABS (antitravamento), controle de estabilidade, controle de tração, distribuição eletrônica de frenagem, auxílio eletrônico em frenagem de emergência, entre outros. A configuração Precision ainda conta com seis airbags de série ? na Emotion são apenas os frontais.
Crossover ou SUV?
Durante a apresentação do Freemont, a Fiat o classificou como um utilitário esportivo. No entanto, há três anos, quando apresentou o Journey aos brasileiros, a Dodge o chamou de crossover. Segundo Lélio Ramos, diretor comercial da Fiat Automóveis, a decisão por chamar o Freemont de SUV partiu das clínicas realizadas pela marca, nas quais as pessoas entrevistadas se referiam ao modelo como utilitário esportivo. Por isso, nas propagandas que a montadora italiana irá veicular em breve, o Freemont será chamado de ?utilitário esportivo?. É preciso apenas tomar cuidado para que os modelos não tenham uma crise de identidade.



















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