Fim da isenção do IPI provoca falta de alguns modelos de carro
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Fim da isenção do IPI provoca falta de alguns modelos de carro


Imposto volta de maneira gradativa a partir de quinta-feira (1º).
Dependendo do modelo escolhido, espera pode ser de até 90 dias.

O movimento nos feirões das montadoras e nas lojas no fim de semana foi acima do previsto. O grande volume de negócios foi motivado por consumidores que quiseram aproveitar o último fim de semana com a isenção completa do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de carros novos. O benefício do IPI zero termina nesta quarta-feira (30) segundo portaria publicada no Diário Oficial da União. Até dezembro o imposto sobe um pouco mês a mês, até voltar ao normal em janeiro.


A correria, em alguns casos, superou a previsão das montadoras e das concessionárias. Uma das consequências de vendas acima do previsto é que, dependendo do modelo escolhido, o consumidor corre o risco de não encontrá-lo para pronta entrega e a espera pode chegar a três meses. Se isso acontecer, o comprador perde os descontos do IPI.


Na rede de lojas do Grupo Amazonas, em São Paulo (com seis unidades da Fiat e duas da Volks), o fim de semana rendeu o fechamento de 375 contratos para a venda de modelos novos e 120 para usados. Atualmente há 180 carros novos da Fiat no pátio da Amazonas. "Quem demorar e dependendo do modelo que quiser pode não pegar o desconto do IPI por falta de produto", diz Richard Marques, gerente de vendas da empresa.


Na rede de concessionárias da Fiat o maior problema é com o modelo Strada cabine dupla, lançado recentemente pela montadora. A espera, segundo Marques, é de até 90 dias. Quem comprar o modelo da Fiat provavelmente não verá a cor do desconto do IPI.


Volta gradativa


A redução do IPI foi anunciada no dia 15 de dezembro do ano passado. Para carros populares, de até mil cilindradas, o IPI caiu de 7% para zero e, para automóveis entre mil e duas mil cilindradas movidos à gasolina, recuou de 13% para 6,5%. Para carros flex (bicombustível) e movidos à álcool, o imposto caiu de 11% para 5,5%. Entretanto, não houve alteração para veículos com mais de duas mil cilindradas.



Agora, o Governo Federal vai promover um aumento gradual do imposto. Segundo informações da Receita Federal, o IPI de carros de até mil cilindradas, que está zerado, subirá para 1,5% em outubro, para 3% em novembro e para 5% em dezembro, retornando ao patamar anterior de 7% no dia 1º de janeiro de 2010.



Já o IPI para carros de mil a duas mil cilindradas à gasolina, que está em 6,5%, subirá para 8% em outubro, para 9,5% em novembro e para 11% em dezembro deste ano, voltando ao patamar antigo, de 13%, em janeiro do ano que vem.



Para os carros flex, com mais de mil cilindradas, o IPI, que atualmente está em 5,5%, subirá para 6,5% em outubro, para 7,5% em novembro e para 9% em dezembro, sendo a tributação anterior, de 11%, retomada no início do ano que vem.


Adequação do mercado


E como o setor vai fazer para manter as vendas? Para o diretor de vendas do Sincovi-DF, Hélio Aveiro, ainda é cedo para dizer como o mercado vai se comportar com o fim do benefício. “Nós esperamos que o mercado consiga se adequar. Não sabemos o que vai acontecer a partir de janeiro", destaca Aveiro. "O incremento foi muito favorável para a economia, para o seguimento e para o cliente, que teve a oportunidade de comprar um carro novo com desconto favorável. Mostrou que a tributação no Brasil é muito alta e quando o governo tomou essa medida, trouxe um incremento nas vendas."



A venda dos usados deve aquecer novamente? “Esperamos que sim. A venda dos carros usados caiu muito com a redução do IPI do novo. Agora, acreditamos que deve voltar à normalidade”, finaliza Hélio Aveiro.





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