Carros
Hel na Montana
Olá, meu nome é Helder Ibanez e a partir de hoje vou escrever minhas impressões sobre a Chevrolet Montana.
Tudo começou quando o pessoal da agência entrou em contato comigo me convidando para ter a honra de avaliar a Nova Montana do dia 07/01 até o dia 26/01, a coisa não aconteceu exatamente desse jeito, mas vamos deixar assim.
Enviaram-me uma passagem de avião e eu desembarquei em Congonhas às 16:50, o pessoal da agência estava me esperando no aeroporto com uma plaquinha com meu nome em mãos e o sorriso honesto de quem esperava alguém mais alto (costumo causar esse tipo de decepção nas pessoas, mas como passei dos 30, já perdi as esperanças de crescer mais), a plaquinha foi feita com esmero, com uma foto da Nova Montana e meu nome, a moça que segurava achou tosca, eu achei simpática.
Estava ansioso para ver o carro, mas o que eu queria mesmo ver era se tinha entrada auxiliar para conectar meu ipod, já havia até bolado um plano B para caso a entrada não existisse, coloquei duas caixas e som à pilha na minha bagagem e iria com elas tocando no banco do passageiro ignorando o quão ridículo isso seria
Felizmente, o som tinha entrada auxiliar, a frase de que a felicidade está nas pequenas coisas deixou de ser clichê para mim nesse momento, ponto para a GM
O pessoal da agência tirou mais algumas fotos minhas com o carro e foi embora, fiquei na área de desembarque do aeroporto esperando o amigo que me hospedaria, a ideia inicial era pegar o carro e voltar para Presidente Prudente direto, mas aparentemente, São Pedro brigou com São Paulo e o tempo fechou, do auge da minha caipirês prudentina, preferi não correr o risco de enfrentar transito paulista + chuva forte + horário de pico, esse foi um dos raros momentos de sabedoria (senão o único) que vocês lerão nesse texto, aproveitei para matar a saudade dos meus amigos Mauricio, Cris e Tia Bia que moram na cidade.
Só senti o carro realmente no dia seguinte, na primeira batida de chave aconteceu a primeira idiotice (de muitas) desse relato, dirijo um Sentra automático e perdi o hábito de pisar na embreagem para ligar o carro, enfiei o pé no freio e liguei o carro engatado, ele deu um pulo, um berro e afogou para a alegria dos transeuntes que estavam na calçada, senti meu rosto queimar e foi a hora ideal para testar o ar-condicionado em potência máxima, funcionou com louvor, mais um ponto para a GM.
Saí de São Paulo em direção à Presidente Prudente, uma viagem de 600kms, tempo mais do que suficiente para aproveitar o carro e o momento ideal para testar meu GPS (a Montana é a única pick-up compacta com GPS opcional, mas a minha não tem, humpf), com esse auxílio foi bem simples sair da cidade, o trânsito pequeno de sábado de manhã também colaborou, aproveitei a estrada vazia para brincar com o computador de bordo, não sou adepto de manuais e fui tentando na raça, em 5 minutos já havia desconfigurado todo o carro, o hodômetro estava marcando em milhas, o consumo médio em litros/100 e o carro falando em espanhol, a Montana é uma cidadã do mundo, eu não, meu espanhol limita-se a pedir um perro caliente com cueca-cuela no Paraguay.
Esse lance de milhas pode vir a calhar quando forem vender o carro, afinal, se você colocar em milhas, 80.000kms vão ficar como 50.000milhas e pode passar despercebido para um comprador desatento, mas você, cidadão desonesto que fizer isso, não diga que viu isso nesse blog, não me orgulho de ter tido essa ideia.
Depois de horas de peleja, consegui fazer o computador voltar a funcionar como deveria, nesse momento, a velocidade média era de 95km/h e o consumo era de 11km/l, recebi o carro com tanque cheio e não sei se era de gasolina ou álcool (sou old school e não consigo chamar de Etanol), se for de álcool é um consumo que eu considero bom, principalmente porque o ar-condicionado esteve ligado o tempo todo.
Outra coisa que é exclusiva da Montana em relação à concorrência e que eu considero indispensável para uma viagem é o cruise control, usei sempre que possível, infelizmente com tantos pedágios (foram dez!) precisava desligá-lo toda hora.
Em um desses pedágios uma mosca entrou no carro e ficou orbitando em volta da minha cabeça, enquanto me digladiava com ela, cheguei a perder o controle do carro, mas os largos pneus R16 e a suspensão acertada foram essenciais para que eu retomasse a direção, essa foi mais uma das idiotices que eu mencionei anteriormente e ver o carro sambando deve ter sido perturbador para quem transitava pela Castello Branco naquele momento, se um de vocês viu essa cena, peço sinceras desculpas.
Tentei abrir os vidros para a mosca sair, mas ela estava determinada a seguir viagem comigo, tentei argumentar que Presidente Prudente não tem muita coisa interessante e é praticamente uma filial do inferno tamanho é o calor que faz por lá, argumento ignorado, resolvemos declarar paz e seguir viagem, até batizei minha co-pilota de Moscana, só estava torcendo para que ela não fosse uma espécie diferente e desequilibrasse o ecossistema prudentino.
Ainda faltavam 380kms e o computador de bordo marcava uma autonomia de 420kms, pelos meus relatos de idiotices anteriores eu nem preciso dizer que eu resolvi arriscar fazer a viagem toda sem abastecer, rodados mais 300kms, o ponteiro do combustível me fazia pensar que eu teria que colocar mais álcool, o computador de bordo indicava o contrário e que eu chegaria sem nenhuma parada, foi nesse momento que o GPS resolveu nos abandonar, a partir daí, Moscana e eu estávamos por nossa conta e risco, é desnecessário dizer que nos perdemos, e com essa quilometragem extra, nem o ponteiro, nem o computador de bordo garantiam que eu chegaria com aquele combustível, desliguei o ar-condicionado e comecei a assar dentro do carro, abri o vidro e Moscana se foi, naquele momento entendi perfeitamente o que Tom Hanks (o náufrago que não estava em um navio) sentiu ao perder Wilson, mas aceito a decisão de Moscana, ninguém merece empurrar carro no sábado.
Ficar sem combustível por descuido é praticamente impossível na Montana, quando está perto do fim, além do ponteiro ficar lá embaixo, acende uma luz, surge um aviso sonoro, o marcador da autonomia para de marcar e fica piscando a palavra “ABASTEÇA” , ou seja, você precisa ser um idiota para ficar a pé por falta de combustível, eu sou um idiota, mas um idiota com sorte, porque logo que o carro começou a implorar por combustível, apareceu um posto, foi a
primeira vez que eu abasteci um carro com álcool voluntariamente, nas outras vezes, colocaram álcool nos meus carros à gasolina por engano.
A GM teve o cuidado de colocar trava elétrica no bocal do tanque de combustível, você não precisa entregar a chave para o frentista, descobri isso quando ele me devolveu a chave e disse “não precisa”, como se esse constrangimento não fosse o suficiente, novamente enfiei o pé no freio e liguei o carro engatado, depois do salto que o carro fez, ouvi um “SEGURA PEÃO”, nesse momento, sabia que estava perto de casa.
PS: Se você não entende bulhufas de carro, mas gostou do texto, conheça meu outro blog
http://provisorioprasempre.spaces.live.com/default.aspx?sa=467071395
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