LANÇAMENTO - NISSAN SENTRA
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LANÇAMENTO - NISSAN SENTRA


TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
DADOS DE TESTE: REVISTA QUATRO RODAS


A quinta geração do sedã médio Nissan Sentra no Brasil já está à venda à partir de 61 mil reais. Ele volta a ter linhas conservadoras e "cara de tiozão", para desgosto da banda de cinquentões, que se orgulhava de dizer, nos comerciais de TV, que a geração anterior não tinha. O objetivo é ofuscar os tiozões que dominam o mercado, como o Honda Civic e o Toyota Corolla. 

O conservadorismo das linhas é percebido nas janelas laterais com vidro vigia traseiro, nas lanternas horizontais com prolongamento na tampa do porta-malas (pondo fim ao visual de carro tunado das antigas lentes predominantemente brancas e verticais) e nos faróis triangulares. Mas a "cara de tiozão" fica por aí. Os próprios faróis têm luzes diurnas de LED desde a versão básica. O teto tem caída de cupê e parte do vinco da linha de cintura é ondulado, dando o necessário toque de modernidade. A grade, em forma de trapézio, é idêntica ao do compacto Versa. O novo Sentra também é uma versão em miniatura do luxuoso Altima, que chega em algumas semanas.

Aproveitando a comparação com o sedã maior, o novo Sentra cresceu em relação ao antigo no comprimento, que passou de 4,57 para 4,62m, e na distância entre-eixos de 2,69 para 2,70m. A largura, entretanto, baixou de 1,79 para 1,76m. A altura permanece em 1,51m.


O interior também trocou a aparência esportiva pela clássica e as formas retas por curvadas no painel. Ficou mais moderno, incluindo o quadro de instrumentos, que perdeu a iluminação alaranjada para a branca. O acabamento melhorou nitidamente. O espaço interno idem, graças ao aumento da distância entre-eixos. O porta-malas não só cresceu bastante (de 371 para 503 litros) como se tornou o maior do segmento.


O novo Sentra chega do México nas versões S, SV e SL, todas com o fraco motor 2.0 flex de apenas 140 cavalos (três cavalos a menos que o antigo), seja com gasolina ou etanol (como comparação, o 1.8 do Chevrolet Cruze rende 144 cv com álcool, o C4 Lounge vai a 165 com o 1.6 turbo a gasolina e a 151 cv com o 2.0, o líder Civic com 155 cv e o novo Focus entrega 178 cv com o seu novo flex de injeção direta). Apesar de ter sistema elétrico de partida a frio, dá pra entender porque ele é exclusivo do mercado brasileiro. 


O S custa, mais precisamente, R$ 60.990 e traz de série, além dos obrigatórios ar condicionado (manual), direção elétrica, trio elétrico, airbags frontais, freios ABS, EBD, assistência de frenagem, computador de bordo e som (rádio, CD, MP3 e Bluetooth), volante multifuncional e sistema de entrada/partida (por botão) sem chave. Seu câmbio é manual de seis marchas. O intermediário SV sai por R$ 65.990 e vem com câmbio automático CVT (continuamente variável, com número de marchas similar a sete), ar condicionado digital de duas zonas, piloto automático, porta-copos no descansa-braço traseiro e sistema de som com tela colorida de 4,3 polegadas e entrada USB. Por fim, o top SL, com preço de R$ 71.990 e equipado com acabamento em couro, rodas de 17 polegadas (nas outras versões são de 16), sensor de faróis, retrovisor interno eletrocrômico (item que deveria estar na versão básica), sensor de estacionamento (idem), airbags laterais e de cortina (pelo menos na intermediária), retrovisores elétricos rebatíveis, teto solar elétrico, sistema multimídia com tela de 5,8 polegadas câmera de ré e GPS. 


Como se esperava, o desempenho do motor 2.0 é fraco. Acelera de 0 a 100 km/h em 11,4 segundos e retoma entre 80 e 120 km/h em 8,7 segundos. Comparado aos concorrentes (C4 Lounge, Civic, Novo Focus e Cruze) só empatou com o Chevrolet nos últimos lugares. O consumo de 7,6 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada também só supera o Cruze. Com o ruído de 67,8 decibéis a 120 km/h foi quase a mesma coisa, mas o último colocado foi o Ford. Em compensação, a frenagem a 120 km/h é o seu único destaque positivo nas provas dinâmicas da revista Quatro Rodas: com 58,5 metros, bem melhor que os rivais. 

Com garantia de três anos, requinte e bons equipamentos, o Nissan Sentra realmente se modernizou, mesmo que tenha ficado com aparência sóbria e lhe falte alguns itens como controles de estabilidade e tração. Se quiser se destacar no mercado dos sedãs médios terá que confiar nos próprios méritos e ainda conquistar os "tiozões" que a geração anterior rejeitava, inclusive a banda de rock dos cinquentões. 



Pontos Fortes 

+ Acabamento
+ Espaço interno 
+ Porta-malas
+ Frenagem
+ Estilo tiozão moderno


Pontos Fracos 

- Motor fraco
- Desempenho
- Consumo 
- Ruído

FICHA TÉCNICA

Motor: Quatro cilindros, transversal. flex, 1.997 cm³, 16v 
Potência: 140 cavalos
Câmbio: Manual de seis marchas (S) e automático CVT  (SV e SL)
Aceleração de 0 a 100 km/h: 11,4 segundos (Quatro Rodas, com álcool)
Velocidade máxima: 186 km/h (Nissan)
Consumo: 7,6 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada (Quatro Rodas, com álcool) 
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,62/1,76/1,51/2,70 m
Porta-malas: 503 litros
Tanque: 52 litros
Preços: R$ 60.990 (S) / R$ 65.990 (SV) / R$ 71.990 (SL)




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