LANÇAMENTO INTERNACIONAL - BMW SÉRIE 2
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LANÇAMENTO INTERNACIONAL - BMW SÉRIE 2


TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO


Em junho, a BMW separou o cupê duas portas do sedã da Série 3 e criou a Série 4, definindo uma nova família de cupês esportivos de luxo com número par, deixando os sedãs e hatches conservadores com número ímpar. Agora, a marca alemã faz o mesmo com a Série 1, dos hatches de quatro portas.

A geração anterior do Série 1 tinha um pequeno três volumes de duas portas, que remetia aos antigos 2002 e também os primeiros Série 3. Já a Série 1 atual não terá o cupê e nem o conversível como antes. Ambos tiveram a produção encerrada no mês passado. Só que o compacto da BMW não ficará sem estas versões. Elas agora fazem parte da nova Série 2, cujo primeiro modelo, o cupê, já foi divulgado e você vê aqui.


A Série 2 não é diferente só pelo porta-malas saliente. Ela é maior (4,43 contra 4,32m do Série 1 hatch e 4,36m do antigo 1 Coupé), mais larga (1,77 contra 1,76 e 1,75m), mais esportiva e não tem aqueles faróis tristes do hatch. O conjunto ótico ficou mais fino e até mais "zangado". A grade dividida característica da marca está mais destacada. Visto de frente, incluindo o para-choque, parece ter expressões faciais e, na versão preparada pela divisão M Sport, a boca (da entrada de ar) está mais "sorridente" e rebaixada. A lateral é cheia de vincos e afundamentos ondulados na carroceria, com o teto caindo suavemente. As portas não têm coluna, que ficam fixas na janela. A traseira manteve o conceito da Série 1 Coupé e tem lanternas inteiriças, em forma de L, com a placa na tampa do porta-malas, que tem vincos sugerindo um aerofólio.



O interior é o ponto mais em comum com o hatch atual por causa do painel de linhas funcionais, com a tela multimídia retrátil que aparece sobre o gabinete central voltado para o motorista. O quadro de instrumentos é clássico, com mostradores bem redondos. O volante tem três braços e na versão M o miolo é redondo. O acabamento, como não poderia deixar de ser, é de primeira qualidade, com opções de bancos revestidos em tecido ou couro e três cores diferentes, além de frisos nas portas, console (largo) e painel em alumínio fosco, escovado ou imitando madeira.


Os bancos são bem anatômicos e oferecem rebatimento elétrico para o passageiro se acomodar atrás, onde cabem só dois ocupantes, que ganharam mais espaço para as pernas (a distância entre-eixos subiu de 2,66 para 2,69m) em relação ao modelo antigo. A capacidade do porta-malas é de 390 litros (vinte litros a mais)..


Entre os equipamentos de série estão ar condicionado automático, travas elétricas, ajuste de altura para o banco do passageiro do condutor e frente, sistema de som com CD player, seis alto-falantes, assentos eletricamente ajustáveis ??e aquecidos, volante multifunções, faróis de neblina dianteiro, teto de vidro operado eletricamente, sistema Start-Stop e o Driving Experience, que é um switcher no console central que permite o ajuste, através do toque de um botão, para as opções Confort, Sport e ECO PRO. Os itens de segurança são airbags frontais, airbags laterais integrados nos encostos dos bancos, airbags de cabeça para os bancos dianteiros e traseiros, cintos de segurança de três pontos inerciais, cadeiras de criança ISOFIX na parte traseira. 


Na lista de opcionais estão o Connected Drive, que inclui farol alto automático com sistema de prevenção de ofuscamento, sensores de chuva e faróis, que também podem ser de bixenônio, com luzes auto-direcionais e adaptativos, piloto automático com sistema de frenagem e informações de limite de velocidade, cálculo de vaga de estacionamento, manobra automática em vaga paralela, câmera de ré, alerta de manutenção, distância e mudança de faixa, além de sistema de navegação, o controle iDrive e um monitor de 8,8 polegadas, que fazem parte do pacote BMW Professional, que também inclui um sistema mãos-livres completo com entrada USB, uma Broadcasting (DAB) do receptor de áudio digital e o sistema HiFi Harman Kardon. O sistema, entretanto, é de série na versão M. A tela multimídia é plana, sensível ao toque e pode ter 6,5 ou 8,8 polegadas, dependendo da versão. O Série 2 pode ter os pacotes Modern Line e Sport Line. 

Antigamente, os motores definiam o nome oficial dos carros da BMW de acordo com a cilindrada. Com exceção do M235i, que tem motor de seis cilindros em linha 3.0 (V6 é uma heresia na BMW), todas as versões têm o 2.0 TwinPower (com turbo e injeção direta), seja movido a gasolina ou a diesel. O batismo continua dependendo da motorização, mas já não segue a lógica numérica. O menor é o 218d, a diesel, com 143 cavalos, acelerando de 0 a 100 km/h em 8,9 ou 8,6 segundos (manual e automático, respectivamente), com máxima de 213 km/h. Depois aparece o 220d, também a diesel, com 184 cv, aceleração de 7,2 ou 7,1 segundos, máxima de 230 km/h e consumo na faixa de 22 km/l. O primeiro a gasolina é o 220i, com os mesmos 184 cv. Este acelera de 0 a 100 km/h em 7 segundos (independente do câmbio), alcança 235 km/h e tem consumo em torno de 16 km/l. O 225d é a diesel, com 218 cv, aceleração em 6,3 segundos e velocidade de 243 km/h. O 228i, com o mesmo 2.0 TwinPower, mas com 245 cavalos, foi projetado especialmente para os Estados Unidos.


E finalmente chegamos ao top M235i, que além de ser o único com motor de seis cilindros em linha 3.0, com 326 cavalos, tem aparência mais agressiva com a grade mais aberta, suspensão rebaixada, kit aerodinâmico na frente e atrás, rodas aro 18 M Sport (19 polegadas opcionais), pneus de medidas diferentes em cada eixo (225/40 na frente e 245/35 atrás), escape duplo cromado, cluster exclusivo, soleira cromada, bancos esportivos, entre outros. Tem máxima de 250 km/h (limitada) e pode ir de 0 a 100 km/h em 4,8 e 5,0 segundos, respectivamente automático e manual. Aliás, o câmbio automático de todas as versões tem oito marchas (no 225d será de série) e o manual tem seis. O 220d também pode ter o kit M. 



Todos os modelos com transmissão automática têm borboletas no volante e o sistema Launch Control (exceto o 218d), que permite a saída em marcha alta (o sonho de quem está começando a dirigir). Por enquanto, a Série 2 não terá opção de tração integral, como no Série 4, tendo apenas a tradicional traseira. 

As vendas da Série 2 na Europa começam em março de 2014, na altura do Salão de Genebra, devendo chegar ao Brasil no final do ano. A Série 2 deve ter, em 2015, uma versão de quatro portas (no mesmo conceito da Série 6 Grand Coupé) que poderá ser mais um concorrente para o Audi A3 Sedan (que será fabricado no Paraná) e o Mercedes CLA (que talvez seja produzido em São Paulo). A BMW começa a erguer neste mês uma fábrica em Araquari, próxima a Joinville, em Santa Catarina. Vai que a Série 2 Grand Coupé saia de lá também. 



O antigo Série 1 Coupé








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