E como o alvo de inspiração nada mais é do que um dos mais emblemáticos veículos da marca, a Mercedes caprichou nos mais variados detalhes do SLS AMG. Não só no sistema de abertura de portas que se abrem para cima — daí o nome de batismo Asa de Gaivota —, e estava presente no antigo modelo.
Mas também no design frontal, em que a grade do motor mantém o mesmo desenho do 300 SL Gullwing e ainda abriga a logomarca ao centro. Já a traseira do SLS AMG, apesar de ser pouco alongada, também ostenta estilo semelhante ao antigo modelo.
Porém, deixando de lado as semelhanças e homenagens ao 300 SL Gullwing, o novo superesportivo da Mercedes é também plataforma de novas tecnologias. A principal novidade fica por conta da transmissão automática de sete velocidades e dupla embreagem, pela primeira vez em modelos da marca. Outra novidade é o consumo de combustível. De acordo com a Mercedes, o SLS AMG é capaz de anotar 7,5 km/l. E isto em se tratando de um rotundo motor.
Desenvolvido pela divisão esportiva da Mercedes, a AMG, o esportivo abriga, atrás do eixo dianteiro, um potente V8 de 6.3 litros e nada menos de 571 cv de potência. Em conjunto com o câmbio, o SLS AMG é capaz de atingir a máxima de 317 km/h e sair da inércia e chegar os 100 km/h em rápidos 3,8 segundos.
A marca acima, aliás, também se deve ao pouco peso do SLS AMG. Afinal são 1.620 kg — graças ao eixo traseiro de fibra de carbono e o chassi e a carroceria de alumínio. Além disso, a distribuição de peso — 48% na frente e 52% atrás —torna o modelo ainda mais apimentado.
Portas não eram mero estilo
O Mercedes-Benz 300 SL Gullwing é talvez um dos mais famosos modelos já produzidos pela marca de Stuttgart. Lançado em 1954, o esportivo se destacava frente aos demais pela abertura um tanto exótica das portas, que acabou gerando o apelido Asa de Gaivota.
Acontece, porém, que as portas em tal configuração tinham sua razão de ser. Afinal, como o 300 SL contava com chassi em treliça, deixando a estrutura lateral bastante alta, era impossível adotar portas com recorte convencional. A solução, então, foi fazer com que elas se abrissem para cima.
Além das portas, o 300 SL Gullwing chamava atenção também pelo potente V6 3.0 litros e 240 cv de potência, que trabalhava com um câmbio manual de quatro marchas. Só que mesmo com tanto charme, o 300 SL Gullwing teve vida curta. Foi produzido até 1958, totalizando 1.858 unidades.
(O DIA)