Em 2001 foi lançado o primeiro filme da franquia Velozes e Furiosos. O estilo de vida de Toretto e Cia era o que toda a manolada queria da vida.
O que na verdade nós não analisávamos era o contexto social do filme, que mostrava a história de um grupo de jovens que para pagar o “vício” por velocidade fazia qualquer coisa, inclusive roubar caminhões, para terem acesso às coisas que somente as pessoas mais abastadas tinham.
Muitas pessoas ganharam dinheiro com a moda que se implantou no Brasil, porém praticamente 10 anos após o primeiro filme, vemos que o cenário pouco mudou para quem gosta de carros customizados, tunados ou esportivos.
As pessoas que tinham dinheiro e carros preparados mais tradicionais chegaram a aderir a moda durante um tempo, mas com a adesão em massa de pessoas que ou não tinham bom gosto ou improvisavam demais na criatividade pela falta de recursos, o chamado carro tuning de uma hora para outra passou a ser visto como piada.
Eu obviamente posso me incluir entre os que passaram a abominar esse tipo de prática, me tornando mais um que faz coro com quem diz que carro bonito é o que tem aparência o mais original possível, com rodas da mesma marca e alterações mínimas em coisas que mudariam o estilo original do carro.
O tuning se tornou um movimento, que atraia milhares de pessoas a eventos com garotas bonitas, produção futurista, DJ’s badalados e muitas empresas patrocinando carros que pareciam mais uma penteadeira de uma meretriz do que um meio de transporte.
Na maioria dos casos, via um monte de marmanjo querendo aparecer com seu “possante”, sem se importar muito com a máquina, mas sim com quantos fãs seu carro conseguiria. A palavra de ordem era aparecer mais do que o outro e para isso valia de tudo um pouco.
Com o tempo os carros chegaram em um nível que beiravam o ridículo para conseguir mais pontos nos campeonatos promovidos pelos patrocinadores, que é óbvio, davam mais pontos para o carro que tinha mais acessórios e não para o carro com mais harmonia no conjunto.
O que as pessoas que patrocinavam essa loucura não contavam era com o raciocínio ilógico do ser humano. Você gasta uma fortuna para se parecer com uma tribo e quando isso se torna popular de mais você passa a não querer fazer parte dessa tribo.
Assim o tuning morreu no Brasil, como um lugar que saiu da moda por ser mal frequentado, que de tão popular passou a ser evitado por quem buscava exclusividade.
De uma hora para outra os carros que pareciam naves espaciais, geralmente carros populares com motor 1.0, passaram a desfilar com rodas aro 18, 19 até 20 e todos diziam que o legal era ter um carro DUB Style, mas todos se esqueceram que DUB não se aplica a carros pequenos e a moda não pegou muito, pois custa caro comprar um carro de luxo e colocar rodas aro 20.
Vocês acham assim como eu que o movimento Tuning morreu no Brasil? Concordam com os motivos expostos acima? Discordam? Vamos debater um pouco sobre o tema, já que nosso país será um dos locais de filmagem do próximo filme da série que durante um tempo mudou a nossa concepção de beleza automotiva.