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Retrômobilismo#78: Avó da Montana, Chevrolet Chevy 500 tinha méritos para enfrentar rivais!
A última marca a responder ao segmento que nasceu no início dos anos 80, a Chevrolet lançava no Brasil em Novembro de 1983 a Chevy 500, como uma resposta a Volkswagen Saveiro, Fiat City e Ford Pampa, sendo a última a líder do segmento por quase todos anos 80. O nome, "Chevy 500" faz uma alusão a capacidade de carga de 500kg que ela poderia levar em sua caçamba no Brasil. Entre as rivais, era a única a contar com tração traseira, que ajuda (e muito) quando a picape está carregada, além de ter uma boa condição em terrenos acidentados, como lama ou de difícil travessia. Porém o assoalho baixo fazia com que a caçamba perdesse um pouco da capacidade cúbica, ao trazer uma altura de apenas 43 centímetros.
A motorização era a 1.6 8v que desenvolvia 75cv de potência com álcool, com torque de 12,6kgfm de força e 73cv de potência com gasolina, com torque de 12,3kgfm de força e câmbio manual de 5 marchas. O consumo médio era de 8,1km/l na cidade e 11,5km/l na estrada, fazendo o 0 a 100km/h em 15,8 segundos e com velocidade máxima de 143km/h. O motor era suficiente para impulsionar os 4,18cm, largura de 1,57cm, altura de altura, 1,33cm e a distância de entre-eixos de 2,39cm, com peso de 958kg. As versões da Chevy 500 eram a SE e SL, sendo que a última era a mais equipada e trazia ripas de madeira na caçamba e detalhes cromados. Em 1987 a Chevrolet dava um retoque no visual da Chevy 500, que ganhava nova grade dianteira, para-choque dianteiro e traseiro novos, além de adesivos nas laterais, que davam um toque de modernidade a Chevy.
Em 1988 o motor 1.6 era retrabalhado para desenvolver mais, além de reduzir o peso dos pistões e das bielas, além da adoção de carburador de corpo duplo. O motor passou a ser chamado de 1.6/S e sua potência subia de 73cv com gasolina para 81cv e subindo para 13kgfm de torque. Com álcool a potência subia para 82cv de potência. Com isso a Chevy 500 ficava mais rápida. Fazia a prova de 0 a 100km/h em 14,2 segundos e atingia a velocidade máxima de 149km/h. As versões recebiam mais uma vez, uma nova nomenclatura e a versão SE passava-se a ser chamada de SL/E, ficando no mesmo padrão de Monza e Opala. A versão básica passa a ser chamada de DL. Em 1987 a Chevy 500 conquistava a liderança do segmento em um páreo duro com Ford Pampa e Volkswagen Saveiro, enquanto a rival da Fiat perdia vendas e seria substituída pela Fiorino Pickup.
Entre os itens de série, a Chevy 500 trazia vidros verdes, bancos reclináveis com apoio de cabeça, vidro traseiro corrediço, temporizador e lavador de pára-brisa, retrovisores com controle interno, faixas laterais coloridas, pneus cidade e campo, faróis halógenos, embreagem eletromagnética do ventilador, alarme antifurto e grade protetora do vidro traseiro na versão mais básica, podendo ainda ser equipada com cintos de três pontos, desembaçador com ar quente, ar-condicionado, pintura metálica e até mesmo o câmbio automático automático de 3 velocidades, se tornando a primeira picape compacta a trazer câmbio automático, em 1987, também. Não fez muito sucesso e deixou de ser produzida em 1990, junto ao Chevette.
Com a chegada da Fiat Fiorino, mais moderna, as rivais começavam a ficar mais velhas no início dos anos 90. O Chevette já tinha saído de linha em Novembro de 1992 e a Chevy 500 era a última da família a continuar a ser fabricada em Mogi das Cruzes (SP). Desde 1991 era vendida em versão única, a DL, mas em 1993 ganhou uma série especial chamada de Camping, onde trazia pequenos detalhes e adesivos laterais com a inscrição da série especial. Essa série ainda trazia como item de série, capota marítima e para-choques dianteiros e traseiros brancos, até deixar de ser produzida em 1995, sendo substituída pela Corsa Pickup. Além de ser o último modelo da família Chevette a ser descontinuado, a Chevy 500 mostrava-se confiável e robusta, mas já cansada e com pouca capacidade de carga.
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