Romi Isetta
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Romi Isetta


Continuando com os “vintages” brasileiros o carro da vez é um Romi Isetta:

Kiko049[1] Kiko050[1]     O modelo das fotos é do ano de 1954 e estava passando por uma restauração, e foi flagrado dando umas “voltinhas” pelo quarteirão da oficina de onde está sendo restaurado em um domingo ensolarado. Pelo ronco o motor era um Iso lateral-traseiro e transversal, com saídas de ar redondas na lateral direita. O motor desenvolvia apenas 9,5 cv a 4.750 rpm, muito pouco para deslocar com agilidade o veículo com os dois ocupantes a bordo (fato comprovado quando tirei estas fotos)

Breve Histórico:

No início dos anos 50, o italiano Renzo Rivolta dirigia a Iso, fabricante de refrigeradores, motocicletas e da motoneta de mesmo nome -- concorrente da Vespa e da Lambretta -- com motores dois-tempos de 125 a 250 cm3. Rivolta pretendia recomeçar a produção de automóveis, interrompida no início da Segunda Guerra Mundial.

O engenheiro Preti, também italiano, havia patenteado em 1950 o projeto de um minicarro bastante curioso, em forma de ovo, com uma só porta frontal -- um legítimo e raro hatchfront! -- e motor posterior. Apresentado a Rivolta, decidiu-se levar adiante a idéia e, em 1952, estava pronto o primeiro protótipo: dois lugares, duas rodas dianteiras e uma só na traseira. Esta solução pouco estável, porém, logo deu lugar à de duas rodas posteriores com uma estreita bitola.

O pequeno automóvel chegou às ruas em 1953. Seu nome era um diminutivo da marca: Isetta. Com chassi tubular e carroceria de aço, media apenas 2,3 metros de comprimento por 1,4 metro de largura, o que possibilitava estacionar de frente em vagas onde outros carros paravam de lado. A bitola traseira era menos da metade da dianteira, conferindo aparência ainda mais estranha. Para completar, usava motor de motocicleta, de 198 cm3, e pesava apenas 330 kg.

E enquanto isso no Brasil…

romi-montagem[1]

Em Santa Bárbara d'Oeste, SP, 145 quilômetros ao norte da capital, uma empresa de nome Indústrias Romi fabricava máquinas operatrizes e agrícolas -- atividade mantida até hoje -- no início dos anos 50, e viu no Isetta uma oportunidade de popularizar o automóvel no Brasil. Havia aqui apenas carros importados, em sua maioria dos Estados Unidos, e começavam a ser montados modelos como o Volkswagen Sedan, ainda com baixo índice de nacionalização.

Fabricar automóveis no Brasil era uma prioridade do presidente Juscelino Kubitschek. Prometendo realizar "50 anos em 5", JK assinou em 16 de maio de 1956 o decreto no. 39.412, que criava o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), comandado pelo ministro de Viação e Obras Públicas, o almirante Lúcio Meira -- um lutador pelos veículos nacionais. Coube ao GEIA estabelecer as regras para implementação da indústria automobilística brasileira. Curiosamente, às pioneiras Ford (1919) e General Motors (1925) foi atribuída a missão de fabricar... caminhões.

A Romi havia obtido já em 1953 a licença para a produção brasileira do Isetta. Lançado em setembro de 1956, com um desfile dos carrinhos por avenidas de São Paulo, a publicidade do Romi-Isetta falava em "rodar à frente do progresso", anunciando-o "para orgulho de todos os brasileiros". O destino, porém, seria cruel para o pequeno veículo. Em 26 de fevereiro de 1957 o GEIA publicava o decreto 41.018, que concedia incentivos fiscais, cambiais e financeiros, entre outros, a empresas que produzissem automóveis que se enquadrassem em diversas características, entre elas a capacidade para quatro ou mais passageiros e a presença de pelo menos duas portas. Por não atender aos requisitos, o Isetta não mereceu os incentivos da época e teve seu preço dobrado, tornando-se desinteressante ao consumidor. Dois meses depois este passava a contar com o primeiro carro nacional de acordo com as normas governamentais, a perua DKW-Vemag.

Para mais informações acesse o site Best Cars Web Site

Ficha Técnica (Romi-Isetta BMW 300 1959)

Motor

traseiro, transversal; um cilindro; comando no bloco, 2 válvulas; refrigeração a ar

Cilindrada

298 cm³

Taxa de compressão

7:1

Potência máxima

13 cv a 5.800 RPM

Torque máximo

1,9 m.kgf a 4.200 rpm

Câmbio manual, 4 marchas; tração traseira
Suspensão dianteira, independente; traseira, molas semi-elípticas.
Freios A tambor nas quatro rodas
Rodas 10 pol.; pneus, 4,50 x 10

Dimensões

 
Comprimento 2,25m
Largura 1,34m
Altura 1,32m
Distância entre eixos 1,50m
Tanque de combustível 13L
Peso 360Kg
Desempenho  
Velocidade Máxima +/- 90Km/H
Aceleração 0-60 Km/H 60s
 
Fonte: Best Cars Web Site
Fotos: Kiko Molinari Originals® e site Best Cars Web Site
Edição: Kiko Molinari Originals® 




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