Carros
TESTE – GOL GERAÇÃO IV (G4) 1.0 8V Total Flex
A Volkswagen lançou a primeira reestilização do Gol Geração 5 (que alguns chamam de Geração 6) nesta primeira quinzena de julho de 2012. As mudanças visam padronizar o modelo com outros VW lançados no mercado, como Jetta e Fox. Aliás, as mudanças o aproximaram muito deste último.
Neste ângulo lembra muito o Fox...
Foto: Terra
...inclusive o capô, mas muito do G5 foi mantido...
Foto: Terra
...os para-choques também se assemelham aos da raposa
Foto: Terra
O tópico é sobre a Geração IV, mas com as mudanças recentes, foi necessário dar uma pincelada na geração atual.
Sem entrar em muitos detalhes sobre as gerações anteriores, o Gol manteve muitas características entre as gerações 2 a 4, sendo a terceira a mais elogiada pelos usuários. A geração 2 (conhecida como bola ou bolinha) trouxe linhas arredondas ao projeto anterior (chamado de gol quadrado) e 55cv de potência (Gol 1.0 Mi).
Primeira geração
Foto: Terra
O Gol G2 foi praticamente um novo carro (a exemplo do Geração 5), pois os consumidores reclamavam do teto baixo e do pouco espaço para as pernas. Os faróis tornaram-se ovalados para acompanhar o Golf alemão de 1994. Dava um trabalho e tanto passar proteção para vinil e plásticos da Grand Prix naqueles parachoques enormes.
Gol Geração 2
Foto: Terra
Gol Geração 3
Foto: Revista Webmotors
O Gol G4 foi lançado em 2005, mantendo boa parte do desing originado na geração 2. Será produzido até 2013.
Aqui encerado com a cera informada no post: “ENCERAMENTO AUTOMOTIVO - CERA COLLINITE”.
O Gol G4, hatchcompacto, é uma opção bastante requisitada para quem está adquirindo seu primeiro veículo e/ou buscando um veículo 0km. Mesmo com a chegada do G5, continua à venda o modelo anterior, ainda com motor longitudinal. Considerando os dois modelos, o Gol é o líder de vendas no primeiro semestre de 2012, com 126.572 unidades vendidas. Desde sua primeira geração, está no mercado há 32 anos e há 25 é o carro mais vendido do país, com quase seis milhões de unidades.
Motor longitudinal - VW Gol G4
Foto: Volkswagen Brasil
Vamos então para a avaliação da máquina. Trata-se de uma versão básica, duas portas, apenas com alarme e travas elétricas, que utilizei durante quatro anos :
GOL G4 1.0 8V TOTAL FLEX |
Motor | 1.0 |
Potência Máxima | 68/71cv (gas/álc) |
Pneus | 165/70 Aro 13 |
Peso | 856Kg |
Reservatório de Combustível | 51 litros |
Porta-malas | 285 litros |
PRÓS
Quem busca um carro 1.0 está buscando principalmente um carro de valor acessível e econômico. O G4 apresentou consumo com gasolina entre 14 e 15,5km/l e cerca de 10,5km/l com álcool (33% cidade e 66% estrada), mas com manutenção constante (velas, cabo de velas, filtros, óleo motor, de transmissão, fluido de freio, aditivos, etc.) e direção econômica;
O custo das peças é acessível: velas a cerca de R$80,00, pneus duram bastante;
Visual bonito, mesmo tendo sido lançado em 2005;
Relativamente confortável, quando comparado com outros modelos concorrentes, mas com grande dificuldade de encontrar uma boa posição para dirigir;
O baixo centro de gravidade confere boa estabilidade;
Os freios são muito eficientes;
Os sensores reconhecem rapidamente a mudança de combustível após abastecimento;
As marchas curtas (1ª, 2 ª e 3 ª) conferem boa aceleração e retomada, contudo o giro do motor se eleva muito, podendo aumentar o consumo, o jeito é trocar as marchas rapidamente, com pouca aceleração;
Autonomia de 650km com gasolina e 450km com álcool (sem contar a reserva);
Os comandos elétricos são simples e de fácil acesso.
Ágil nas manobras;
Pintura de boa qualidade, resistente a ferrugem, mas queima após muito tempo e frequência de exposição ao sol.
CONTRAS
Parte elétrica instável com relativamente constantes queimas de lâmpadas (farol, lanterna traseira, painel);
Suspensões e amortecedores duros, que auxiliam na estabilidade mas que estão sujeitos a frequentes quebras ao passar por buracos;
Muito visado para roubos e consequentemente, seguro elevado;
Tanque de partida a frio muito grande (2 litros), a gasolina pode oxidar, o ideal é colocar menos de 1 litro;
A posição baixa compromete a visibilidade e juntamente com o volante alinhado à direita do motorista compromete a ergonomia;
Porta-malas muito pequeno, um carrinho de bebê é colocado com dificuldade, não sobrando muito espaço para outras coisas (apesar de esta ser uma característica comum à maior parte dos carros desta categoria);
Frequente formação de borra de óleo no suspiro antichama, ocasionada por mistura de água advinda do ar ou do combustível (álcool principalmente) ao óleo. Este é um problema crônico do modelo, e bem incômodo, ter que limpar a mangueira e caixa de ar e trocar varetas que enferrujam, além de custos com a troca do antichama. O uso de combustíveis vencidos (com mais de dois meses) também pode agravar o problema;
Tambor de freio traseiro enferruja rapidamente, a solução é pintar;
Direção mecânica pesada;
Opcionais caros;
A versão básica obriga mover diretamente os espelhos retrovisores, não há sequer um bastão para se operar manualmente, além da ausência de desembaçador e limpador traseiro e o limpador dianteiro não possuir temporizador;
Maçanetas tendem a queimar com o sol, descascarem e ficarem brancas;
Assoalho baixo sujeito a impactos;
Antena do rádio interna possui má recepção;
Não se adapta bem a conversão à gás, ocasionando frequentes panes elétricas;
Se as palhetas do limpador forem invertidas na troca, arranharão o para-brisa;
A chaparia é maleável em alguns pontos (principalmente na traseira), deformando ao se pressionar;
Elevado barulho interno a partir de 100km/h;
Frequentes quebras nas travas das portas e fechaduras, que são frágeis e sujeitas a roubos;
Porta luvas pequenos;
Caixa de ar permite a passagem de sujeira para o TBI;
Primeira marcha com freqüente dificuldade de engate.
OBSERVAÇÃO
A melhor proporção álcool e gasolina observada (potência x economia) foi: reserva com álcool e completar com gasolina, ou seja: 6 litros de álcool e 45 de gasolina (1/7,5).
Uma unidade 2011 foi utilizada por cerca de 20 dias. Entre as diferenças observadas estão: elevações na empunhadura do volante, que pode ser interessante para alguns e desconfortável para outros e a colocação de um “econômetro”, que visa informar e otimizar em tempo real o consumo de combustível.
Econômetro do VW G4
Foto: Econômetro do Gol G4
Na verdade, o artefato, indica apenas a aceleração, não sendo um recurso muito confiável para monitoramento do consumo. Por exemplo, se você pisar fundo no acelerador em segunda marcha, a rotação vai se elevar bastante e portanto, o consumo também se elevará, fato demonstrado corretamente pelo econômetro. Contudo, se você fizer o mesmo em 5ª marcha, mas em baixa velocidade, a rotação se encontrará baixa e o consumo será apontado erroneamente como elevado, pois o computador só interpreta a aceleração.
Quando em comparação com Fiat Mille e Chevrolet Celta, apresenta maior espaço interno.
O modelo 2011 apresentou aceleração e retomadas sensivelmente mais efetivas que o 2005. Todavia, esta potência líquida refletiu no consumo, pois como descrito no post “MOTOR 1.0 AINDA É O MAIS ECONÔMICO?” "Não há como o carro ganhar desempenho sem comprometer o consumo”. As médias com álcool estiveram próximas a 8,5Km/l e com gasolina cerca de 12km/l, mas como trata-se de um carro de locadora, uma série de variáveis (manutenção, amaciamento incorreto, direção agressiva) podem interferir no consumo.
Preço, versão básica, 0km, com 4 portas em Julho/2012:
FIPE: R$ 26.186,00
VW: R$ 26.165,00
Se você deseja um carro confiável, econômico, de manutenção e preço acessíveis, ágil dentro das limitações de um motor 1.0, e de fácil revenda, considere o Gol G4.
VW Gol Geração 4
Foto: Volkswagen Brasil
Referências
Terra
Volkswagen Brasil - Gol G4, Versões
Volkswagen Brasil - Gol G4, Galeria
Quatro Rodas
R7 Notícias
Revista Quatro Rodas, edição 481-B. 40 Anos de Design. Agosto/2000
Revista Motor Quatro, edição 28, ano 3. Jun/2012
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