Carros
Venda de híbrido e elétrico em alta
O número crescente de vendas de veículos híbridos – abastecidos com energia elétrica e combustível – começa a chamar a atenção do mercado. Embora o número de emplacados ainda seja irrisório, a curva é clara. Até fevereiro deste ano, foram licenciados 154 híbridos, o equivalente em 31,3% do total de emplacamentos realizados em todo o ano passado. Em 2013, por sua vez, as vendas foram quatro vezes maiores que em 2012, chegando a 491 veículos emplacados.
Agora, o setor aguarda a aprovação de um pacote de estímulos, principalmente tributários, para favorecer a importação desses veículos – mais econômicos, mais sustentáveis e mais caros. Muito mais caros. Hoje, o consumidor não tira um desses carros da concessionária com menos de R$ 100 mil, o que coloca a tecnologia híbrida ainda mais longe das ruas.
O pacote de estímulos é uma esperança de barateamento do veículo, a princípio por conta das desonerações. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) espera uma redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para estes importados, que hoje chega a 33%. A questão é que não é possível escalar a importação com modelos tão custosos. Montar o veículo aqui, então, é um sonho ainda mais distante. “O volume de vendas ainda é o principal obstáculo para que essa tecnologia chegue de verdade ao Brasil”, diz Rene Martinez, sócio da consultoria EY para o setor automotivo.
Para Martinez, a maior dificuldade na adoção de uma política clara de desonerações dessas importações está justamente na capacidade interna da indústria automotiva, que já é superior ao consumo interno de veículos. “Facilitar a importação desses carros levantaria dúvidas se o mercado seria capaz de desovar essa produção”, explica. “As empresas já não estão trabalhando em capacidade total”.
Tempos novas marcas adicionando plantas e mais capacidade de produção. Segurar essa importação pode ter a ver com uma questão de sobrevivência aqui. Martinez acredita que para essa tecnologia ser viável para um número maior de consumidores, o volume de vendas é fundamental. “Desde que não haja ameaça à competitividade das indústrias nacionais, não vejo uma saída melhor para ampliar a venda dos elétricos”.
Esse pacote de incentivos deverá ser aprovado ainda em abril e terá como alvo as chamadas “novas tecnologias de propulsão”, que levam em conta elétricos e híbridos. Por ora, Ford e Toyota são os principais vendedores na categoria de híbridos, que já começa a crescer.
A japonesa Toyota, que já ocupou as ruas com modelos como o Corolla e o Etios nas ruas brasileiras, é também a mãe do Prius, primeiro híbrido do mundo. No ano passado, eles venderam 324 unidades – um terço da expectativa de mil carros, desenhada quando havia chances de aprovação do pacote de estímulo ainda em 2013. "Em geral, muitos países introduzem a tecnologia no país com incentivos temporários", conta Roberto Braun, gerente de Assuntos Governamentais da Toyota do Brasil.
No mundo, a japonesa já vendeu quase 6 milhões de unidades – a maior frota de híbridos do mundo –, entre os 20 modelos híbridos que hoje circulam nos cinco continentes. Por aqui, o Prius e Lexus CT 200h, são os modelos disponíveis. Braun espera que a aprovação de um pacote de estímulos possa ajudar na redução dos preços desses veículos para algo menor que R$ 100 mil. “Hoje o preço dessa tecnologia está acima do poder aquisitivo do brasileiro. O cliente vai à concessionária, vê produto e na hora de comprar tem dificuldade porque seu poder aquisitivo não comporta”, afirma.
Dificilmente veremos no futuro próximo um modelo híbrido ou elétrico verdadeiramente popular. Para Braun, o ganho de escala vai baratear a tecnologia, como já aconteceu em outras partes do mundo. “Naturalmente vão ser trazidos modelos menores para cá e isso poderá tornar o produto mais acessível”, explica. Por enquanto, o Prius Acqua é o menor oferecido pela Toyota nos Estados Unidos.
Para produzir nacionalmente, só quando houver demanda. Braun não descarta a possibilidade de a montadora desenvolver a tecnologia de híbridos flex em solo nacional. “Em dois anos conseguimos produzir um carro que tem um motor elétrico e outro bicombustível”, diz. Publicado em Verdesobrerodas
Fonte: primeiraedição
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