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Impressões: Renault Clio 2013

A Renault apresentou recentemente o Clio 2013 - o modelo conhecido dos brasileiros passa por uma atualização (a segunda geração, lançada aqui em 1999, recebeu alterações em 2003, 2005, 2012 e agora). Posicionado pela montadora como o carro de entrada da marca, teve frente e traseira reestilizadas, além de pequenas alterações no interior e novas opções de acessórios. Hoje o Auto REALIDADE conferiu os atributos e falhas do Clio.

Visualmente, o Clio reestilizado não parece mais bonito do que o anterior (que ainda possui unidades nos estoques), pois a frente, alinhada com os recentes modelos Renault da Europa (especialmente o Clio IV), não harmoniza com a lateral, intocada. Em enquete realizada no blog logo após a divulgação das primeiras imagens oficiais, mais da metade dos internautas não aprovaram as mudanças. Só possui a simpatia inerente a um modelo com novidades, assim como o Toyota Etios.

Para quem lembra do interior do Clio do começo dos anos 2000 - bem-acabado, com airbag duplo e instrumentos utilizados no Mégane da época - é um choque entrar no modelo 2013, especialmente na versão Authentique, de entrada. As falhas de ergonomia (posicionamento das teclas de desembaçador, pisca-alerta e posição das maçanetas e manivelas dos vidros) e plásticos rígidos se somam aos cortes de custos, como porta-luvas sem tampa e ausência de alças de teto, espelhos nos para-sóis e vidros elétricos. A única novidade interessante é o quadro de instrumentos semelhante ao do Sandero com conta-giros que possui demarcações que funcionam como econômetro de série (na rotação "verde" gasta-se menos que na amarela, sendo a vermelha a de maior desempenho e consumo).

A versão Expression (acima) possui porta-luvas com tampa, frisos prateados no volante e na manopla de câmbio, além de opção de colorização das molduras do console. Alguns itens não constam mais entre os opcionais, como airbags, freios ABS e vidros elétricos.

O motor 1.0 16v, de 77 cavalos com gasolina/80 com etanol @ 5750 rpm e torque de 10,1 kgfm (gasolina)/10,5 (etanol) @ 4250 rpm, recebeu do Inmetro a classificação A (variando de A a E, do mais eficiente para o menos eficiente), fazendo 9,5 km/l com etanol e 14,3 km/l com gasolina na cidade. Em perímetro rodoviário, possui as marcas de 10,7 km/l com etanol e 15,8 km/l com gasolina. De acordo com os dados divulgados pela organização, é o carro mais econômico do Brasil. O capô é leve, mas a lingueta de fixação está muito afastada das mãos, diferentemente da maioria dos outros carros.

Os bancos ganharam novos revestimentos, com detalhes na cor amarela. Sem alterações na carroceria (manteve o entre-eixos de 2,472 metros), possui espaço justo na frente, mas atrás as pernas vão desconfortáveis. Os ocupantes de 1,80 metro ficam com a cabeça muito próxima do teto. E o porta-malas manteve a capacidade de 255 litros, aceitável para um hatchback de uso urbano.

O Clio Authentique 1.0 custa a partir de R$ 23 290 (duas portas, cor sólida e sem opcionais). Na versão quatro-portas parte de R$ 24 290, subindo para R$ 24 950 na versão Expression 1.0 4 portas.

Curiosidade: Clio completo (e bem caro)

O Clio Expression 1.0 16v custa R$ 30 980, vindo com farol com duplo refletor e máscara negra, ar-condicionado, pneu aro 13'', desembaçador traseiro e brake-light. A princípio, seu único opcional de fábrica é a pintura metálica (R$ 690). Mas há também diversos acessórios:

CD com alto-falantes 2unid - R$ 556,90

Kit Sport - R$ 1831,14

Kit Difusores - R$ 410,19

Kit Farol de Neblina - R$ 507,00

Kit Frisos laterais - R$ 700,00

Roda de liga-leve aro 13'' - R$ 1283,60

Kit Soleira das portas - R$ 123,20

Travas elétricas - R$ 315,67

Kit alarme - R$ 307,82

Pintura das capas dos retrovisores - R$ 150,00

E assim o Clio chega aos R$ 37 855,82.

Veredicto: O Clio reafirma sua vertente popular nesta reestilização. Uma pena que muitos dos seus itens de segurança e conforto tenham desaparecido. Para quem quer um carro básico, porém fugindo da simplicidade extrema e do visual cansado de Gol Geração 4, Mille e Celta, o Clio custa pouco, é econômico e sua manutenção é acessível. Porém, quanto mais se equipa o pequeno Renault, mais longe do custo-benefício ele fica, ainda mais ao se ultrapassar a barreira de R$ 30 mil, onde existem muitos carros bem mais interessantes e equipados.

Nota Final_ 8,6

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