TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO Na carona da despedida do Uno Mille, que teve que sair de linha porque não tem como cumprir a obrigatoriedade de ser equipado com airbags frontais e freios ABS desde o dia primeiro, a Fiat aposentou também o furgão Fiorino e o velho Uno para carga. O motivo foi o mesmo. Mas os comerciantes já podem ficar tranquilos, pois os dois já têm substitutos, ambos derivados do Novo Uno, lançado em 2010. A marca italiana espera ainda conquistar os órfãos da Kombi, que também saiu de linha no final do ano, depois de muito disse-me-disse. O Novo Uno Furgão nada mais é que o hatch de duas portas com a carroceria "quadrada arredondada" convencional, mas sem os bancos traseiros e com grade atrás da dupla motorista/carona para protegê-los. Além do estilo evoluído, claro, a diferença em relação ao velho Uno é que agora as janelas traseiras são de vidro (escurecido para garantir a privacidade das encomendas) e não com chapa na cor do carro. Terá motores 1.0 (73/75 cv) e 1.4 (85/88 cv) EVO Flex. Tem capacidade para 1.000 litros ou 400 kg de carga. Quem se destaca mesmo é o novo Fiorino, que chega a sua terceira geração. A primeira foi lançada em 1980, com a carroceria do 147 e a segunda em 1988, com a cara do Uno tradicional. O conceito "rounded square" está presente - além da frente fechada com três pequenas falsas grades no lado esquerdo e faróis quadrados do Novo Uno - no borrachão lateral (o mesmo do Way), no vinco do baú e nos vidros traseiros, que são assimétricos, assim como as portas, que têm abertura em 180º, com travamento a 90º. As lanternas são as mesmas do Doblò. No lugar do emblema redondo vermelho aparece apenas a inscrição FIAT com aquela fonte esticada e em baixo relevo. O teto elevado permitiu a colocação de uma prateleira acima da cabine, como no furgão maior. O painel é o mesmo do hatch que lhe deu origem. Os retrovisores externos são um pouco maiores que o do Uno. Para quem acha que um furgão com a cara do pequeno Uno não vai aguentar o tranco, ainda mais com o mesmo motor 1.4 EVO, a Fiat garante que usou uma plataforma exclusiva e a suspensão da picape Strada. Sua capacidade de carga é de 650 kg. A área interna de bagagem tem revestimento lateral parcial de plástico e proteção do assoalho. O novo Fiorino também está mais comprido, alto, largo e com mais distância entre-eixos que o antigo. O novo Fiorino custa R$ 38.450 e traz poucos itens de série. Airbags frontais e freios ABS só estão na lista porque serão obrigatórios. Ele só traz detalhes de acabamento como gancho de fixação da carga, iluminação interna do baú, o borrachão lateral com o nome do carro, vidros verdes e parede divisória. De tecnologia mesmo só o imobilizador, o alerta de revisão programada, luzes de leitura e controle eletrônico de aceleração (drive by wire, que toda linha Fiat tem). O vidro traseiro é opcional, assim como o conta-giros, o espelho do para-sol direito, para-choques na cor do carro, iluminação do porta-luvas, ajuste manual interno dos retrovisores externos, regulagem de altura do banco do motorista e do volante, apoio do pé esquerdo, brake-light. Todos esses itens deveriam ser de série. Ah, claro! Ar condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricos, computador de bordo, sensor de estacionamento traseiro (muito importante para esse tipo do carro), rádio com MP3, faróis de neblina e pintura metálica também são cobrados a mais. Não exatamente completo, mas bem equipado e com a única pintura metálica prata, o novo Fiorino chega a custar R$ 45.522. O Novo Fiorino não é lindo, mas também não é feio. É até mais charmoso que o Uno. Acontece que só vai ficar igual a ele até o meio do ano, quando o hatch ganhar um face-lift. Carro desatualizado até dentro do próprio país... a gente só vê no Brasil. A História do Fiorino em fotos
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