Em meio a tantos modelos na Audi, o TT é um caso à parte: um esportivo compacto cujo ciclo de geração dura 8 anos, com pouquíssimas alterações neste meio-tempo. Agora, chega a vez do Brasil conhecer a terceira geração, aqui representada pela versão de entrada Attraction.
Este modelo é identificável pelas rodas aro 18'' e pelos faróis de bi-xenônio sem o pacote completo de LEDs (os piscas frontais, por exemplo, são lampadas comuns). Ainda assim, perto do TT anterior é uma evolução visual admirável, com mudanças significativas sem perder a essência do cupê original.
A carroceria manteve basicamente o mesmo formato e dimensões (4,18 metros de comprimento, distância entre-eixos 3,7 centímetros maior [2,505 m], largura de 1,83 mm e altura de 1,35 metro), mas a grade Singleframe domina a área frontal e desaloja as quatro argolas da Audi para o capô; faróis e lanternas estão mais afilados e o brake-light une as duas luzes traseiras, mas características como a tampa do tanque de combustível, a dupla saída de escape, os arcos nos para-lamas e o aerofólio eletricamente acionado a 120 km/h (mas que também pode ser acionado por uma tecla no painel) também estão presentes no novo modelo.
Desde a versão Attraction, o quadro de instrumentos se funde ao rádio MMI, compondo o Audi Virtual Cockpit. Trata-se de uma tela de 12,3 polegadas que acende assim que a porta é aberta e assume a função de quadro de instrumentos no modo "Clássico". Ao ativar as funções do menu, o quadro passa para o modo "Progressivo", onde velocímetro e conta-giros ficam menores e abrem espaço para as outras informações. Veja abaixo o exemplo para o GPS ativado nos modos "Clássico" e "Progressivo", respectivamente. Independente do modo, informações como autonomia, relógio, temperatura externa, ícones de alerta e rádio selecionada aparecem nas bordas centrais. Há botões no volante, porém é mais intuitivo usar os comandos do console central, que incluem touchpad que reconhece letras e atalhos para os principais menus. O comando liga/desliga, que também ajusta o volume, está situado mais distante, ao lado do botão de ignição.
A qualidade do sistema de som, verdade seja dita, não condiz com um modelo nesta faixa de preço. Contudo, ele traz diversas opções de conectividade: duas entradas USB e uma auxiliar dentro da tampa à frente da alavanca de câmbio, comandos por voz, Bluetooth e, no porta-luvas, CD Player e dois leitores de cartão SD, como no primo VW Golf VII.
Os controles de direção, distribuição e intensidade do fluxo do ar-condicionado são integrados às saídas de ventilação, que lembram as turbinas dos aviões. Abaixo destes comandos estão os interruptores que desligam/ligam o controle de tração, acionam o pisca-alerta e levantam manualmente o aerofólio.
Os bancos com bom apoio lateral mesclam couro e Alcantara, contando com ajustes elétricos (necessários para ter acesso aos diminutos assentos traseiros). Lá, o espaço para cabeça (por conta do arco do teto) e pernas (pela posição dos bancos) acomoda somente crianças - e para isso estão os pontos de ancoragem do Isofix, para cadeirinhas infantis.
Para um cupê, os 305 litros de capacidade do porta-malas são bons (13 L mais do que anteriormente), e o espaço pode ser ampliado com o rebatimento dos encostos traseiros. Uma grande rede ajuda evitando que as bagagens rolem nas curvas, e há uma tomada de 12 Volts.
O TT também conta com itens como freio de estacionamento elétrico, copo de alumínio, para-sóis com espelhos cobertos (luzes acendem ao empurrar a cobertura), porta-objetos central com isqueiro e porta-copo, pedais de alumínio, volante com ajuste de altura e profundidade, retrovisor interno fotocrômico, sensores de chuva e de luminosidade, controlador automático de velocidade e comandos elétricos dos vidros e retrovisores.
Em termos de segurança, o TT 2015 traz seis airbags (frontais, laterais e de cortina), controles eletrônicos de estabilidade e de tração, pré-tensionadores dos cintos de segurança, freios a disco ventilados na dianteira com recuperação de energia, ABS, EBD e BAS; indicador de pressão baixa nos pneus, limpadores de faróis, acendimento intermitente das lanternas em frenagens bruscas e assistente de partida em ladeiras.
O motor 2.0 TFSI, turbinado e com injeção direta de combustível, agora rende 230 cavalos (19 cv a mais) e torque de 37,7 kgfm (2 kgfm a mais) entre 1600 e 4300 rpm. De carroceria compacta e relativamente leve (1335 kg), o TT tem bom desempenho: acelera de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos e atinge a velocidade máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente. Além disso, o consumo é bem razoável para um carro de sua categoria: 9,9 km/l na cidade e 12,7 km/l na estrada, resultados que, somados à emissão de 123,8 gramas de CO2/km rodado, renderam ao Audi a classificação A no Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro. Seu tanque de combustível comporta 50 litros, e o Start-Stop contribui para poupar gasolina ao desligar o motor em paradas. O câmbio S tronic possui dupla embreagem e seis marchas, podendo ser controlado manualmente pelos paddle-shifts atrás do volante. Nas modelo das imagens, o reforço na bateria é feito para aguentar dias a fio com os faróis acesos.
Custando o mesmo que o TT anterior, o modelo Attraction 2015 sai por R$ 209 990 sem opcionais e não possui concorrentes diretos entre os cupês: o Peugeot RCZ está em uma faixa inferior de desempenho (motor 1.6 THP de 165 cavalos) e preço (R$ 155 090). O Chevrolet Camaro corre por fora, esbanjando potência (motor 6.2 V8 de 406 cavalos), porém bem maior e mais pesado, e também no aguardo de uma geração nova, ao preço de tabela de R$ 241 350. Na versão Ambition do TT, que custa R$ 20 mil a mais, o pacote de equipamentos é complementado pelo Rádio MMI Plus, ar-condicionado automático com comandos digitais integrados nas saídas de ar, Audi Drive Select, faróis Full LED, pacote de luzes internas e rodas aro 19''.
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