Existem alguns carros que marcam época e se tornam objetos de desejo de crianças, jovens e adultos das mais variadas faixas etárias. São modelos caros e pouco acessíveis a maioria da população do nosso país, mas também não são tão caros ao ponto de ser impossível comprar um usado depois de bons anos de uso.
Um ditado popular fala o seguinte sobre esses carros: “Rico não quer mais e pobre não aguenta manter”. Esses modelos são encontrados aos montes nos ferros velhos antes de 10, 15 anos de idade.
Muitos desses carros tem peças caras, as vezes mais onerosas do que o custo de aquisição do mesmo. Podemos citar modelos importados, modelos nacionais com altos índices de peças importadas, modelos que saíram de linha rapidamente e versões exclusivas de modelos populares que utilizavam motores importados de alto desempenho.
É comum encontrar pela cidade carros como Vectra CD 2.0 16v 1997, Omega CD 3.0 1993, BMW 325i 1994, Tipo Sediciovalve, Corsa GSi, Peugeot 306 Rallye, Golf GLX 1995, Tempra 16v, Peugeot 406, Marea 2.0 20v, entre outros, detonados por falta de manutenção e cuidado.
Aí, os donos (lisos) desses carros os compram por um precinho bem camarada, e geralmente esquecem de fazer a manutenção básica para pagar o som com DVD, as rodas de liga-leve de aro 17, a suspensão regulável e outros acessórios comprados a mil prestações. Quando o veículo quebra é um “Deus nos acuda”.
Junta-se de uma vez só, o valor da prestação do veículo (geralmente comprado sem entrada em 60x, em feirões que vendem carros já “sambados” pelos antigos donos) a prestação dos acessórios, e o valor da manutenção.
Itens como amortecedores, baratos em modelos comuns, podem custar muito caro em carros como um BMW 325i ou em um Peugeot 406. Imagine o custo para fazer uma retífica completa no motor? É praticamente garantida a chance de mandar o carro para ferro velho, pois gastar R$ 15.000 em um carro que vale R$ 20.000 é impossível.
Ainda existem carros como o Fiat Marea, que o motor é extremamente frágil, e que custam o mesmo que um carro popular. Ele se torna uma opção super interessante na “lojinha” de usados da esquina. Completo, com motor 5 cilindros, potência entre 142 e 182 cv a depender da versão, o mesmo é alvo dos “boys de bairro”.
A questão é que não sabem que o motor dura apenas 40 mil KM antes de ser reaberto, e a conta sempre é maior do que R$ 7.000. O carro custa em média R$ 14.000. Mais um candidato a sucata…
Quais modelos atuais se candidatariam a esse posto daqui há alguns anos? Aposto no Vectra Elite 2.4 16v, Peugeot 307, Stilo, Linea…