Carros
Para o diretor de Comunicação da Renault do Brasil, Caíque Ferreira, a falta de regulamentação para esse tipo de veículo e a ausência de incentivos colocam o País um passo atrás nesse tipo de tecnologia. "Aqui não existe uma regulamentação para os carros elétricos. Por isso, precisamos importá-los. Esse processo faz com que o veículo perca a competitividade.
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Carros
Renault diz que Brasil perde espaço no segmento de carros elétricos
Entre os expositores reunidos no 10º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos, que acontece entre hoje e sábado em São Paulo, há um consenso de que é preciso investir nesse setor no Brasil, mas que as dificuldades encontradas por aqui devem atrasar o crescimento desse mercado e a nacionalização desses produtos em curto prazo.
Para trazer esses carros para cá, temos que colocar o preço cheio, o imposto de importação - que hoje é de 30% -, e depois todos os impostos cobrados no Brasil. O carro chega sem poder competir, pois se torna um produto muito caro", diz.
Segundo ele, na Europa o mercado de carros elétricos e híbridos pode concorrer com os veículos a combustão por causa das políticas governamentais que o continente oferece. "Lá os governos retiram tributos e ainda oferecem bônus para o consumidor que comprar um carro desse tipo. Ele sai mais caro que um modelo comum, a combustão, mas ainda assim por um preço razoável e acessível", comenta.
Para o coordenador de Produtos de Powertrain Engineering e especialista em diesel e biodiesel da PSA Peugeot Citroën, Flavio Gomes Dias, o entrave para o Brasil entrar na rota das montadoras de elétricos é a falta de infraestrutura. "Esse tipo de veículo exige uma infraestrutura para o carregamento de baterias, por exemplo. Hoje é um negócio que está começando a engatinhar por aqui. Na medida que isso for evoluindo, a empresa começa a ter mais interesse. Mas, no momento, não existe um plano da PSA de trazer esses veículos para cá", diz.
O executivo também cita a falta de incentivos como barreira para o setor. Dias diz que, se na Europa os governos se interessam pela tecnologia, aqui falta o emprenho de políticos e mais investimento privado. "Hoje a Europa possui uma infraestrutura bem avançada, bem estabelecida. Todo mundo está se movimentando para ter um mix de energia, com uma parcela de veículos rodando com motor elétrico. Aqui no Brasil, se não houver incentivos governamentais e empresas interessadas em investir nisso, esse cenário não deve avançar num curto prazo", afirma.
Publicado em Verdesobrerodas
Fonte: DCI- Carros Elétricos E Híbridos No Brasil São Caros
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