Renault Super 5: A vida do antecessor do Clio na França.

Antes de mais nada, eu já ouvi dizer e realmente tem uma situação que o Clio I tem essa base, mas enfim se tiver mesmo não tem problema, o leitor pode colocar como apêndice da matéria do Clio I e II sem problemas, depois eu darei o link da matéria.

   Afinal o antigo 5 merecia aposentadoria, estava ficando meio velho no mercado francês e isso é natural, uma dia todo carro envelhece e o Renault 5 antigo inclusive tinha uma versão Turbo com motor central traseiro, enfim o leque de motores era amplo do Renault 5 começava com o 0.8 da família Ventoux B/ da Renault que gerava 5.7KGFMa2500RPM e 36CVa5500RPM, ou seja o mesmo motor que equipava o Gordini no Brasil dos anos 1960, mas atualizado, o 1.nada(ou 1 litros, 1000 ou 1.0 como queira) que gerava 6.5KGFMa3500RPM e 44CVa4500RPM esse da família Renault Sierra/Família C conhecida no Brasil  como "Renault" ou "CHT" esse último é o mais comum, o 1.3 o mesmo que já equipava o Corcel entre 1968 e 1975 no Brasil que gerava 9.4KGFMa3500RPM e 64CVa6000RPM, o 1.4 Turbo da versão Alpine Turbo que gerava 15.2KGFMa4000RPM e 110CVa6000RPM e esse 1.4 Turbo da mesma família do 1.3 e também o 1.4 Turbo instalado no lugar do banco traseiro e com isso gerava 22.4KGFMa3250RPM e 160CVa6000RPM e então a Renault achou que era hora de mudar.

EM OUTUBRO DE 1984 NA LINHA 1985  chegava o Renault 5, aliás é mais uma extensão a caminho aguarde....., mas voltando ao Super 5, ele usava motor transversal dianteiro e tração traseiros, ele media 3.59metros de comprimento, 1.58metros de largura, 1.32metros de altura e 2.41metros de entre - eixos e na versão quatro portas o comprimento era de 3.65metros e o entre - eixos de 2.47metros. duas opções de câmbio: manual de quatro ou de cinco marchas, nos motores a oferta começava pelo Renault Sierra/ Família C ou Cléon, vamos tratar aqui por "CHT" com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, comando de válvulas variável no bloco acionado por varetas e corrente metálica, o seu diâmetro é de 65mm e o curso é de 72mm o que totalizavam 956cm3, dotado de carburador de corpo simples, a sua taxa de compressão é de 9,7:1 e com isso gerava 6.4KGFMa3000RPM e 41CVa4750RPM, a segunda opção era o 1.4 da mesma família, o seu diâmetro é de 76mm e o curso é de 77mm o que totalizavam 1397cm3, sua taxa de compressão é de 9,25:1 e com isso gerava 10.4KGFMa2500RPM e 60CVa5250RPM e o 1.4 com algumas alterações ainda mantendo o carburador de corpo simples, a taxa de compressão era a mesma, o torque era de 10.6KGFMa3500RPM e 72CVa5750RPM de início eram esses motores apenas, a sua suspensão adotava o tradicional "esquema francês" Independente nas quatro rodas, sendo McPherson na dianteira com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos e na traseira braços arrastados com barra de torção e os freios discos sólidos na dianteira e tambor na traseira e a direção é do tipo pinhão e cremalheira e as versões eram C,TC(1.nada) GTL(1.4), TS/GTS/TSE(1.4) só que as duas últimas tem câmbio manual de cinco marchas os três primeiros de quatro marchas.

Em outubro de 1985 chegava três novidades  a primeira era o motor 1.1, o diâmetro crescia para 70mm e o curso se mantinha 72mm o que totalizavam 1108cm3, a sua taxa de compressão é de 9,5:1 e com carburador de corpo simples gerava 8KGFMa2500RPM e 47CVa5250RPM . O câmbio automático de três marchas com ele o motor 1.4 gerando 68CVa5250RPM e  a versão GT Turbo estreava e  o motor 1.4 ganhava o Turbo, mesmo com carburador, a taxa de compressão era baixada e caia para 7,9:1 e com isso gerava 16.8KGFMa3000RPM e 115CVa5750RPM.

  Em outubro de 1986 na linha 1987 chegava o 1.6 á diesel, nas versões D,SD e GTD, o motor pertencia a família F com bloco de ferro, cabeçote de alumínio e comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada, o seu diâmetro é de 78.5mm e o curso é de 83.5mm o que totalizavam 1595cm3, a sua taxa de compressão é de 22,5:1 e bomba injetora que gerava 10.2KGFMa2250RPM e 54CVa4800RPM e também chegava o 1.4 de injeção monoponto, o seu diâmetro é de 75.8mm e o curso é de 77mm o que totalizavam 1390cm3, a sua taxa de compressão é de 9:1 e com isso gerava 10.2KGFMa3000RPM e 60CVa4750RPM esse motor é ainda dentro da família Sierra/C(Cléon) ou vamos tratar aqui como "CHT" para ficar mais fácil de entender. Em outubro de 1987 na linha 1988 duas novidades, chegava o GTX que estreava o 1.7 da família F(da mesma família do 2.nada da Renault usada hoje em dia em muitos modelos nacionais e franceses), o seu diâmetro é de 81mm e o curso é de 83.5mm o que totalizavam 1721cm3, a sua taxa de compressão é 10:1 e com isso gerava 13.8KGFMa3500RPM e 90CVa5500RPM, dotada de injeção monoponto, a versão com catalizador tinha taxa de compressão de 9,5:1 e com isso gerava 12.9KGFMa2000RPM e 75CVa5000RPM e mantinha a injeção monoponto e o 1.4 Turbo passava a gerar 120CVa5750RPM.

E um lembrete: versões GTX e Turbo vinham com discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira, Em outubro de 1988 na linha 1989 chegava o 1.7 com catalizador e injeção só que agora gerando 13.5KGFMa3500RPM e 87CVa5500RPM. Em outubro de 1988 na linha 1989 nada muda, em outubro de 1989 na linha 1990 nada muda. Em março de 1990 as versões mais caras dão adeus

Eram substituídas pela primeira geração do Clio que está aqui e junto com a segunda. , mas ele  continuava nas versões Campus apenas com motor 1.1 e 1.4 para quem fosse interessado apenas num carro de entrada e seguiu até outubro de 1996 quando deu adeus.

 

O Super 5 não tem o carisma do 5 original, mas mesmo assim se mostrou importante  compacto na Renault e logo mais terá uma extensão separada desse artigo, inclusive vou linkar os dois artigos juntos, infelizmente descobrir que outro modelo era feito na mesma plataforma, ainda que tarde.