Carros
Renault 19: Outro argentino que atravessou fronteiras e sua vida no exterior.
O RENAULT 19 E SUA CURTA VIDA NO BRASIL E NO EXTERIOR.
Em outubro de 1992 na linha 1993 o Grupo Caoa decide importar da França o Renault 19 e apenas versões RT e 16S, mas em outubro de 1994 na linha 1995 aproveitando que o Mercosul vigoraria de vez nos ano seguintes, ele chegava em três opções de carroceria: Hatchback de duas ou quatro portas e o sedã apenas com quatro portas, as três carrocerias mediam 1.69metros de largura, 1.41metros de altura e 2.54metros de entre - eixos, no comprimento o Hacht media 4.14metros e o Sedã media 4.28metros, ele vinha em duas versões de acabamento:RN e RT, sendo que o RN estava disponível só com o Hacht de duas ou quatro portas, o RT estava disponível para o Hacht de quatro portas e para o Sedan, ele veio na única opção de câmbio: manual de cinco marchas, e duas opções de motor: o veterano Renault Sierra/Família C com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, comando de válvulas no bloco acionado por varetas e corrente metálica, todos os motores aqui nesse artigo são quatro cilindros, esse motor tinha 8 válvulas, o seu diâmetro era de 77mm e o curso era de 84mm o que totalizavam 1565cm3, a sua taxa de compressão produzia 9:1 e com injeção eletrônica monoponto gerava 13.3KGFMa4500RPM e 72CVa5000RPM esse motor era exclusivo das versões RN, esse motor era fabricado na Argentina e era parente do nosso Ford CHT e a segunda opção era o 1.8 da Família F com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada e com oito válvulas, o seu diâmetro era de 82.7mm e o seu curso era de 83.5mm o que totalizavam 1794cm3, a sua taxa de compressão é de 9,8:1 e com isso gerava 16.3KGFMa4250RPM e 113CVa5500RPM, a sua suspensão é independente nas quatro rodas com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos, sendo McPherson na dianteira e braços arrastados e os freios são discos ventilados na dianteira e tambores na traseira e lembrando que o motor 1.8 vinha da França e lógico esse motor é da mesma família do 2.nada que equipa o Duster hoje.
O 19 chegava ao mercado aqui o duas portas sempre com o motor 1.6 de 72CV.
O Hacht de quatro portas tinha a opção do 1.6 já citado no duas portas e o 1.8 de 113CV.
O Sedã apenas com o 1.8 de 113CV.
Em outubro de 1995 na linha 1996 nada muda e eles eram substituídos pelo Mégane na Europa, em outubro de 1996 na linha 1997 nada muda, em outubro de 1997 na linha 1998 nada muda e em fevereiro de 1998 ele são substituídos pelos Mégane Hacht e Sedan.
Na Argentina ele passou a ser fabricado em outubro de 1993 na linha 1994 a principio tanto o Hacht como o Sedã não substituíam o Renault 11/9, o 11 era o Hacht de quatro portas e três opções de motores, a primeira era o veterano Renault Sierra/Família C 1.4 que gerava 10.9KGFMa3000RPM e 71CVa5500RPM, o 1.6 da mesma família que gerava 12.5KGFMa2500RPM e 78CVa5000RPM e por último o 1.4 mas com turbo que gerava 15.3KGFMa3500RPM e 95CVa5000RPM e o 9 que era versão sedã desse modelo e que tinha esses mesmos motores 1.4 e 1.6 que já citamos no 11 com exceção do Turbo.
O Renault 11 argentino com motor 1.4 de 71CV, 1.6 de 78CV e 1.4 Turbo de 95CV.
O Renault 9 era a versão sedã do 11 e os mesmos motores 1.4 e 1.6 com exceção do 1.4 Turbo.
O 19 Argentino chegava ao mercado local com componentes franceses, a exceção do motor 1.6 nas versões mais baratas e além do 1.8 eles tinham o 1.9 á diesel da família F, o seu diâmetro é de 80mm e o curso é de 93mm o que totalizavam 1870cm3, a sua taxa de compressão era de 21,5:1 e com isso gerava 12KGFMa2250RPM e 65CVa4500RPM, em outubro de 1994 na linha 1995 os componentes passavam a ser nacionais com exceção do motor 1.8 e do 1.9 á diesel e o Renault 11 deixava de ser produzido na Fabrica de Santa Izabel, Córdoba, Argentina , em outubro de 1995 na linha 1996 nada muda, em outubro de 1996 na linha 1997 nada muda, em outubro de 1997 mesmo com o lançamento do Mègane o 19 continuava quem deu adeus foi o Renault 9 e era linha 1998, em outubro de 1998 na linha 1999 nada muda, em outubro de 1999 na linha 2000 nada muda e em outubro de 2000 ele dava o seu adeus do mercado argentino.
No final anos 1980 os veteranos Renault 11(Hacht) e 9(Sedan) já estavam pedindo aposentadoria, afinal chegava as novas gerações de Opel Kadett/Vauxhall Astra, Volkswagen Golf e Peugeot 309 e então era hora da Renault se mexer , o Renault 11 vinha nos motores o 1.2 da veterana Família Sierra/C que gerava 9KGFMa3000RPM e 54CVa5250RPM, o 1.4 da família C também com 10.4KGFMa3000RPM e 68CVa5250RPM, o 1.7 de injeção eletrônica multiponto da família F que gerava 14.3KGFMa3000RPM e 95CVa5250RPM e por último o 1.6 á diesel da família F que gerava 10.2KGFMa2250RPM e 54CVa4800RPM para o 9 que era o sedã do 11 que vinha com os mesmos motores que já citamos no Hacht e os motores 1.2 e 1.4 eram parentes dos Ford CHT.
Esse é o Renault 9 e o 11 era sua variante Hacht e os motores eram o 1.2 de 54CV, 1.4 de 68CV, 1.7 de injeção eletrônica e 95CV e o 1.6 á diesel de 54CV.
Mas em outubro de 1988 já como linha 1989 chegava o Renault 19 nas carrocerias Hacht de duas ou quatro portas, única opção de câmbio: manual de cinco marchas e várias opções de motores, a primeira era o veterano Renault Sierra/Família C 1.4 herdado dos antigos 9/11 que herdaram do Renault 12 que era primo do nosso Ford Corcel, o seu diâmetro era de 76mm e o curso era de 77mm o que totalizavam 1397cm3, a sua taxa de compressão produzia 9:1 e com carburador de corpo simples gerava 10.3KGFMa2250RPM e 60CVa5250RPM esse motor era um 8 válvulas com bloco de ferro e cabeçote de alumínio e comando de válvulas no bloco acionado por varetas e corrente metálica, a segunda opção era outro 1.4 mas esse era mais moderno pertencia a família E que mais tarde viraria a atual K e com comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada, o seu diâmetro é de 75.8mm e o curso é de 77mm o que totalizavam 1390cm3, a sua taxa de compressão produzia 9,5:1 e com injeção monoponto gerava 10.8KGFMa2750RPM e 80CVa5750RPM, a terceira opção era o 1.7 da família F de mesma concepção dos 1.8 vendidos aqui, o seu diâmetro era de 81mm e o curso era de 83.5mm o que totalizavam 1721cm3, a sua taxa de compressão produzia 9,2:1 e com carburador de corpo simples gerava 12.7KGFMa3250RPM e 75CVa5000RPM e com carburador de corpo duplo e taxa de compressão de 9,5:1 gerava 13.6KGFMa3000RPM e 90CVa5600RPM e esse era a quarta opção e a última opção era 1.9 á diesel que já citamos nos modelos fabricados e vendidos na Argentina que gerava 12KGFMa2250RPM e 65CVa4500RPM, a sua suspensão segue o mesmo esquema dos modelos argentinos, assim como os freios e lógico o desenho ainda não tinha o visual que conheceríamos no Brasil e convenhamos não era aquelas coisas e sempre foi feio, aliás os Renault dessa época são feios no visual.
O 19 chegava ao mercado europeu na carroceria de duas portas e os motores eram o 1.4 de 60CV, 1.4 de 80CV, 1.7 de 75CV, 1.7 de 90CV e o 1.9 á diesel de 65CV e lógico as lanternas eram assim até 1993, mais tarde o 1.7 ganhava injeção monoponto e mantinha a potência e o 1.7 multiponto com 95CV e mais tarde o 1.9 Turbo diesel de 92CV.
Aqui o quatro portas, os mesmos motores do duas portas e a grade que não conheceríamos aqui.
Em outubro de 1989 na linha 1990 o antigo motor 1.4 da antiga família Renault Sierra/Família C dava o seu adeus, em seu lugar vinha o 1.4 da família E em versão "estrangulada" e que gerava 10.3KGFMa3000RPM e 60CVa4750RPM e o 1.7 da família F troca o carburador de corpo simples pela injeção monoponto e passa a gerar 12.9KGFMa2750RPM e 75CVa5000RPM e a taxa de compressão vai a 9,5:1 e o 1.7 de injeção multiponto herdado do antigo Renault 11 com taxa de compressão de 9,5:1 e com isso gerava 14.3KGFMa3000RPM e 95CVa5250RPM, em outubro de 1989 na linha 1990 chegava o Sedã que na época era chamado de 19 Chamade ele tinha as mesmas dimensões do sedã fabricado na Argentina e vendido aqui cinco anos depois e os motores eram os mesmos do Hachtback, assim como suspensão e freios.
Na linha 1990 o sedã chamado de Renault 19 Chamade chegava ao mercado e o mesmos motores que já citamos no Hacht.Em outubro de 1990 na linha 1991 duas novidades chegava o esportivo 19 16S o S era "Soupapes" ou Válvulas em francês e junto dele vinha a carroceria conversível e o conversível estava disponível com esse motor apenas e o sedã 19 Chamade ganhava a versão 16S, Por fora o Hacht contava com aerofólio, spoilers e saias laterais, o conversível não mudava muito no visual e era feito pela Karmann e o câmbio manual de cinco marchas era encurtado, tudo isso seria nada sem o motor 1.816V da família F o curso era o mesmo do 1.7 mas o diâmetro foi a 82mm o que totalizavam 1764cm3 ele ganhou duplo comando de válvulas no cabeçote e é claro as 16 válvulas, a taxa de compressão produzia 10:1 e com a injeção eletrônica multiponto ele gerava 16.1KGFMa4250RPM e 140CVa6500RPM era feio, mas pelo peso e pela potência do motor devia andar muito bem.
O Esportivo 16S chegava ao mercado e o motor é o 1.816V de 140CV.
O Sedã chamade também ganhava a versão 16S e o mesmo motor do Hacht.
O Conversível que tinha apenas o motor 1.816V e apenas a versão 16S.
Além das alterações visuais citados ele tinha uma entrada de ar no capô, em outubro de 1991 na linha 1992 instalaram um turbo no motor 1.9 á diesel, a taxa de compressão caia para 20,5:1 mas o torque passava a 17.8KGFMa2250RPM e 92CVa4250RPM, em outubro de 1992 na linha 1993 ele ganhava nova grade dianteira e novas lanternas era a chamada Fase II e é o modelo que nós conhecemos aqui, a oferta de motores começava pelo 1.4 "estrangulado" da família E, o 1.7 de injeção monoponto também era mantido e estreava o 1.8 da família F também, mas esse motor era uma pouca coisa diferente do 16V, é basicamente o 1.8 usados nos 19 vendidos aqui, mas com injeção monoponto e taxa de compressão de 9,7:1 e com isso gerava 14.5KGFMa2750RPM e 95CVa5750RPM e o 1.8 de injeção multiponto que é o mesmos dos modelos vendidos aqui que gerava 16.3KGFMa4250RPM e 113CVa5500RPM, o esportivo 16S mantinha o 1.816V mas agora gerava 137CVa6500RPM e mantinha o torque, o Sedã deixava de ser Chamade e tinha os mesmos motores e o Cabriolet ganhava a opção do 1.8 de injeção monoponto e os 1.9 á diesel e turbo diesel para o Hacht e o Sedan.
O 19 ganhava nova grade dianteira e novas lanternas os motores 1.4 de 60CV e 1.7 de 75CV eram mantidos, estreava os 1.8 de 95CV e 113CV e os 1.9 Diesel e Turbo Diesel eram mantidos.
O Sedã deixava de se chamar Chamade e os motores eram os mesmos do Hacht.
O Esportivo 16S continuava, mas agora seu 1.816V gerava 137CV.
O sedã também mantinha a versão 16S e o motor 1.816V de 137CV.
O Cabrio também ganhava as alterações visuais e agora ele tinha o motor 1.8 de 95CV.
O 16S Cabriolet chegava ao mercado com motor 1.816V do Hacht e do sedã equivalentes e mais tarde esse motor cai para 110CV.Em outubro de 1993 na linha 1994 nada muda, em outubro de 1994 na linha 1995 nada muda, em outubro de 1995 na linha 1996 com a chegada do Mégane hacht de primeira geração, o 19 dava adeus e o sedã também, só ficava o Cabriolet e na única versão a RSi era o 1.8 de 8 válvulas das outras versões só que com cabeçote de 16 válvulas,(o dos falecidos S16 tinha uma pequena diferença no diâmetro) e com isso gerava 15.2KGFMa2750RPM e 110CVa5500RPM, em outubro de 1996 na linha 1997 nada muda e em abril de 1997 o Renault 19 dava o seu adeus definitivo na Europa.
Em outubro de 1992 a Caoa representante da Renault traz os modelos 19 Hacht RT, 19 Sedan RT e 19 S16 Hacht já como linha 1993 e os motores 1.8 para os modelos RT e 1.816V para o S16, em outubro de 1993 na linha 1994 nada muda, em outubro de 1994 na linha 1995 vem eles passam a vir da Argentina e com isso o S16 dava o seu adeus.
O Renault 19 foi um dos primeiros Renault a entrar no Brasil e como modelo Argentino no Brasil teve uma vida breve e lógico é difícil de achar peças para ele hoje em dia, apesar de ser um carro confortável e lógico talvez esse mal fica atenuado na versão 1.6 já que usa o mesmo do Clio I que por sua vez é parente próximo ao Ford CHT 1.6.
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