Retrômobilismo #104: o clone da AutoLatina mais descarado de todos, Volkswagen Apollo durou apenas dois anos!
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Retrômobilismo #104: o clone da AutoLatina mais descarado de todos, Volkswagen Apollo durou apenas dois anos!



Um dos primeiros frutos da AutoLatina, o Volkswagen Apollo foi lançado em Junho de 1990 como um clone do Ford Verona. Verdade seja dita. Precisava ser atento para achar as diferenças entre ambos. E essas eram mínimas. Entre as mudanças, o Volkswagen Apollo tinha grade, rodas, para-choques, lanternas fumês, frisos, volante e spoiler traseiro. Eram detalhes que dividiam ambos. O Apollo era vendido em duas versões, sendo a GL e a GLS. O Apollo era mais luxuoso que o Verona, mesmo nas versões mais básicas. Nos dois anos em que foi produzido, o Apollo foi apenas apenas com uma opção de motor:  o motor 1.8 8v AP de origem Volkswagen, que desenvolvia 91cv de potência com gasolina e 99cv de potência com álcool, com torque de 16,1kgfm, sempre com câmbio manual de 5 marchas. Em relação ao Verona, o Apollo tinha relação de troca mais curta que do Verona, que deixava o VW mais espero que o Ford. Sua suspensão era mais firme que a do Verona, devido a seus amortecedores, ou seja, apesar de serem muito parecidos visualmente, na mecânica eles tinham mais distinções.


A versão de entrada não tinha o mesmo aspecto de luxo das demais versões do Apollo. Já a GLS tinha um status bem mais luxuoso no mercado pois vinha com itens de série como acabamento com tens de uma mesma cor, ar condicionado, ar quente, desembaçador traseiro, direção hidráulica, alarme, vidros elétricos, travas elétricas e rodas de liga-leve. E alguns GLS tinham até teto solar. A Volkswagen também tinha lançado uma série especial do Apollo, chamada de VIP. Sendo a versão intermediária entre a GL e a GLS, se diferenciava pelo seu visual mais esportivo. A VIP tinha para-choque na mesma cor do carro, novas rodas de liga leve. Tanto na VIP como na GLS, vinham com bancos Recaro. Um dos pontos de destaque do Apollo era o seu acabamento interno e os itens de série que ele disponibilizava, uma vez que em 1990 o mercado brasileiro recém se abria para o mundo, e os primeiros importados chegavam ao país.


Talvez seja esse um dos pontos do por que que o Apollo não conseguiu alcançar o sucesso. Vindo bem equipado desde a versão básica, o Apollo tinha um preço mais elevado e os automóveis importados poderiam competir com ele. E, entre escolher um automóvel brasileiro e conhecer um importado, com mais status, os importados conseguiram alcançar algum mérito, mesmo com a desconfiança do consumidor. O Apollo foi produzido nas cores branco, vermelho, vinho, preto, dourado e prata. Há quem diga que ele também foi vendido na cor azul claro metálico. Para o modelo a álcool podemos falar em um consumo urbano de 4 a 6,5km/l e para o modelo a gasolina entre 6 e 9km/l. Na revista Quatro Rodas, ele conseguiu uma média de 11,8km/l, com gasolina. Note que, obviamente, existem carros bem regulados que tem um consumo menor do que os valores mencionados e outros que possuem um consumo bem maior, devido a desgaste ou preparação esportiva, de seus donos. O Apollo media 4,12 metros de comprimento, 2,40 metros de entre-eixos, 1,64 metro de largura e 1,43 metro de altura.


O porta-malas tinha espaço para 384 litros, enquanto seu peso era de 980kg. Custando 20% a mais que o irmão Ford Verona, o Volkswagen Apollo tinha como item de série desde a versão básica, itens como rodas de alumínio, faróis halógenos, vidros verdes para para-brisa degradê, apoio lombar regulável nos bancos dianteiros, rádio/toca-fitas com memória e código anti-furto entre outros. Entre os opcionais estavam itens como trava central das portas, espelho retrovisores com controle remoto e teto solar. Uma das novidades do Apollo era a "Maxi Garantia", que ao invés de oferecer os tradicionais 12 meses, o consumidor poderia estender a garantia em outros dois anos, para 36 meses, pagando 2% a mais no valor do carro. Em dois anos de mercado, o Apollo vendeu apenas 50.705 unidades entre 1990 a 1992, sendo que 1991 alcançou o maior sucesso comercial, emplacando quase 27.000 unidades. Se tivesse um preço mais atraente, quem sabe não poderia ter vendido mais. Acabou sendo substituído pelo Volkswagen Logus.







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