O desempenho aponta para a estabilização do mercado de forma positiva, já que o resultado de abril sofreu distorções. Isso porque os consumidores haviam antecipado as compras com receio do fim da redução do IPI (que acabou prorrogada).
O resultado só não foi melhor porque o mercado de caminhões sofreu queda de 8,83% no período, para 7.642 unidades. O segmento depende das exportações para países em crise econômica. Consequentemente, as vendas de implementos rodoviários caíram 22,02%, para 3.074 unidades.
Além da queda das exportações, o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, aponta como obstáculo a falta de frete no país. “Os usineiros estão com dificuldade no caixa. Há baixo transporte no setor de mineração e existe também a sazonalidade no segmento agrícola”, observou em nota. De acordo com o presidente da entidade, o volume de emplacamentos de caminhões é maior durante o período de safra.
Automóveis e comerciais leves
Em sentido oposoto, o aumento das vendas de automóveis e comerciais leves chega a 5,78%, com 237.388 unidades em maio frente 224.413 em abril. O resultado é 3,22% maior em comparação ao registrado em maio de 2008, quando foram emplacadas 229.976 unidades.
Para Sérgio Reze o mercado se manterá no patamar médio de 220 mil unidades vendidas por mês até o final do ano. Assim, maio fecha com volume acima do esperado. Segundo Reze, mesmo que pela pior previsão o segmento de automóveis e comerciais leves caia 2,55% o setor ainda estará em vantagem.
Motos
A recuperação também foi positiva no segmento de motocicletas, que cresceu 6,44% no período, com 134.747 unidades comercializadas em maio, contra 126.592 no mês anterior.
Embora o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) tenha autorizado a criação de uma linha de crédito especial de R$ 100 milhões, para financiar a compra de motocicletas de até 150 cilindradas, o reflexo da medida ainda não refletiu nas vendas. Com isso, o resultado de junho deverá ser ainda mais positivo.
Acumulado
Embora o mercado ainda sofra oscilações, o acumulado de janeiro a maio é o melhor da história da indústria automobilística nacional. Ao todo, foram
emplacados no período 1.103.832 unidades de automóveis e comerciais leves, crescimento de 0,78% em relação ao mesmo período de 2008.
Entretanto, ao acrescentar as vendas de caminhões, ônibus e motos, o ano de 2008 ainda é o melhor. De janeiro a maio de 2008 foram vendidas 1.151.358 unidades, contra as 1.149.682 registradas este ano – queda de 015%.
Ao considerar também os emplacamentos de motocicletas e implementos rodoviários a redução é de 7,8%: foram 1.815.373 de vendas totais neste ano, contra 1.968.862 unidades vedidas entre janeiro e maio de 2008.
Participação no mercado
A Volkswagen é líder de vendas de automóveis no acumulado deste ano, com 26,24% de paricipação. Em segundo lugar aparece a Fiat, com 25,16%; seguida da General Motors, com 19,55%. Em quarto lugar, a Ford tem 10,15% do mercado nacional, seguida pela Honda, em quinto, com 4,72%. As outras cinco montadoras que completam a lista das dez maiores são: Renault (4,22%), Peugeot (3,22%), Citroën (2,65%), Toyota (2,16%) e NIssan (0,70%).
No segmento de comerciais leves, a Fiat é líder, com 22,03% de market share, seguida da General Motors (17,48%), Ford (14,19%), Volkswagen (11,12%), Hyundai (7,7%), Mitsubishi (7,52%), Toyota (6,79%), Honda (3,08%), Kia (2,29%) e Nissan (1,38%).
Os mais vendidos
1º VW Gol: 23.725 unidades
2º Fiat Palio: 16.612
3º Fiat Uno: 14.382
4º VW Fox/Crossfox: 13.105
5º Chevrolet Corsa Sedan: 10.782
6º Chevrolet Celta: 10.551
7º Fiat Siena: 9.595
8º Fiat Strada: 7.674
9º VW Voyage: 7.072
10º Ford Ka: 6.527
(G1)