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VW Golf com dois motores elétricos está próximo do mercado

Imagine um VW Golf GTi que, em vez de decorações em vermelho as tem em azul. Não fica mal, pois não? Agora imagine um Golf GTi que, em vez do motor de 2.0 litros com 230 CV, tem dois motores: um 1.4 TSi de 150 CV mais um motor elétrico de 102 CV, geridos por uma caixa automática DSG de seis velocidades e dupla embraiagem. No final, debita 204 CV de potência combinada, mas com um binário de 350 Nm sempre disponível.

Se é daqueles que estão atentos às novidades de quatro rodas, achará provavelmente estes dados familiares e com razão: é a tecnologia do Audi A3 e-tron. No caso do Golf GTE o resultado é uma aceleração dos zero aos cem em apenas 7,6 segundos, com a maior parte da resposta a surgir no início do arranque, já que os 80 km/h são atingidos aos 4,9 segundos.

Um carro rápido, sem dúvida, especialmente se carregarmos num botãozinho mágico que diz “GTE” na consola, que muda a resposta da direção, do acelerador, da caixa, dos motores e o som do motor, tornando tudo mais assanhado. Mas consegue ser também um carro muito econômico se assim preferirmos. Isto porque perto desse botão há um outro que permite selecionar o modo puramente elétrico, em que o GTE consegue andar cerca de 50 km com uma carga total de bateria, até uma velocidade máxima de 130 km/h.

A contarmos com esta “benesse da tomada”, os primeiros 100 km percorridos consomem apenas 1,5 litros de gasolina. Somando a autonomia total da bateria de iões de lítio (com 8,8 kWh de capacidade) mais o raio de ação proporcionado pelo depósito (especial) de 40 litros de gasolina, obtemos uma autonomia total máxima de 939 km.

Para recarregar a bateria tanto se pode esperar 3h45m em casa como 2h30m num ponto de recarga público ou numa wallbox especial. Em qualquer dos casos basta ligar o cabo fornecido de série ao ponto de recarga, situado debaixo do emblema da frente.

As despesas de utilização de um Golf GTE são beneficiadas pela fiscalidade (paga 1671€ de tributação autônoma a 4 anos) mas este implica revisões a cada 15 mil km ou um ano, em vez dos 30 mil km dos outros Golf, devido às maiores solicitações de arranque do motor a gasolina nesta solução híbrida.

Por outro lado, graças à regeneração elétrica com efeito de travagem, quase não gasta pastilhas nem discos de travão, especialmente se usarmos o Modo B da caixa, em que o motor elétrico intervém mais como travão-motor nas desacelerações ou travagens. neste caso consegue-se travar bastante apenas aliviando o pedal do acelerador. Uma experiência que é preciso adquirir, mas que resulta em mais autonomia elétrica, menor consumo e poupança mecânica.

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Publicado no Verdesobrerodas

Origem: Turbo

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