Renault 9/11: A História do antecessor do Renault 19 e suas vida na Argentina, França e Estados Unidos.
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Renault 9/11: A História do antecessor do Renault 19 e suas vida na Argentina, França e Estados Unidos.



   OS RENAULT 9 E 11 FORAM OS MÉDIOS DA RENAULT DURANTE A DÉCADA DE 1980.
Esse artigo é uma ampliação da história do Renault Super 5.
Desta vez, tratarei de começar pela Argentina e ir para os outros países por uma simples questão: mercado similar ao nosso, mas que tem suas peculiaridades.
    Em outubro de 1984 na linha 1985 a Argentina já livre da ditadura militar, lança o Renault 11 que era um Hachtback médio, digamos assim se existisse o Mercosul como é hoje, ele seria um rival direto do Escort, ele media 3.97metros de comprimento, 1.66metros de largura, 1.41metros de altura e 2.48metros de entre - eixos,  o motor era transversal  e a tração era dianteira, ele vinha em três versões de acabamento: TL, GTL, TSE, TXE e TS(essa última podia vir com turbo).
  O câmbio é manual de cinco marchas, duas opções de motores disponíveis, a primeira era o Renault Sierra/Família C chamado pela Renault argentina de M 1400, com bloco de ferro, cabeçote de alumínio, comando de válvulas no bloco acionado por varetas e corrente metálica, o seu diâmetro é de 76mm e o curso é de 77mm o que totalizavam 1397cm3, a sua taxa de compressão é de 7,7:1, dotado de carburador de corpo simples gerava 10.9KGFMa3500RPM e 71CVa5500RPM, vamos tratar aqui esse motor por "CHT" e uma versão Turbo desse motor que gerava 15.4KGFMa3500RPM e 95CVa5000RPM e mantinha a taxa de compressão, para mim, para um carro á carburador e de corpo simples era alta demais, mas enfim os argentinos tiveram a honra de ter carro turbinado de fabrica antes de nós. A sua suspensão é independente nas quatro rodas, na dianteira é McPherson com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos e na traseira é braços arrastados com barra de torção e amortecedores comuns, é a independência acaba nas barra de torção e os freios são discos ventilados na dianteira e tambores na traseira e a direção é do tipo pinhão e cremalheira.
O Renault 11 chegava ao mercado argentino com motor 1.4 de 71CV.


E o Turbo motor 1.4 e com isso indo a 95CV.
Em outubro de 1985 na linha 1986 nada muda, em outubro de 1986 na linha 1987  chegava o sedã chamado Renault 9 que mantinha o entre - eixos e a altura, era um pouco mais estreito com 1.65metros e o acréscimo do três volumes passava a 4.15metros, o câmbio era o mesmo e motor 1.4 aspirado também era o mesmo e dois meses depois o 11 Turbo era testado: 0a100KM/H em 11.9segundos, chegou a 177KM/H e o consumo urbano foi de 6.5KM/L e o rodoviário foi de 14.5KM/L só para ser uma ideia só carros equipados da Volkswagen(Gol GTS) e GM(Monza 2.nada) acompanhava o esportivo da terra do tango, afinal o Turbo fez milagres com o "CHT".
O sedã 9 chegava ao mercado argentino com motor 1.4 já citado no 11.
Em outubro de 1987 na linha 1988 nada muda, em outubro de 1989 na linha 1990 é vez do Renault 11 ser reestilizado com nova grade dianteira, faróis e para - choques, mas ele perde as opções de motor 1.4 e 1.4 Turbo, agora as versões eram RN, RL e mantida as versões TS e TSE, mas o motor que substituiu os dois é Renault Sierra/Família C 1.6 ou "CHT" ou seja, depois da Ford brasileira ampliar a cilindrada, a Renault argentina resolveu ampliar a cilindrada, o diâmetro é o mesmo do 1.4 e o curso vai a 84mm, dotado de carburador do corpo duplo e taxa de compressão de 9:1 e além disso totalizavam 1565cm3, o motor que chegaria ao primeiro Clio vendido no Brasil com esse motor e com isso gerava 12.5KGFMa2500RPM e 78CVa5000RPM.
O Renault 11 ganhava nova grade dianteira e agora apenas o 1.6 de 78CV.
Em outubro de 1990 na linha 1991 nada muda, em outubro de 1991 na linha 1992 é vez do Renault 9 ganhar nova grade dianteira, faróis e para - choques e trocar o 1.4 pelo 1.6 que já citei no 11.
O 9 ganhava nova grade dianteira, faróis e para - choques e agora motor 1.6.
Em outubro de 1991 na linha 1992 nada muda, em outubro de 1992 na linha 1993 nada muda, em outubro de 1993 na linha 1994  o 11 dava o adeus do mercado argentino, em outubro de 1994 na linha 1995 o 11 dava adeus, afinal era substituído em definitivo pelo 19 Hacht e o 9 ficava como opção mais barata e ganhava nova grade dianteira, faróis e para - choques.
O 9 ganhava nova dianteira e virava uma opção mais barata ao 19, motor 1.6 é mantido.
Em outubro de 1995 na linha 1996 nada muda, em outubro de 1996 na linha 1997 nada muda e em outubro de 1997 ele dava adeus, afinal a produção do Clio I na argentina já atendia o público de menor poder aquisitivo e acima a próprio Mégane I já produzido na Argentina já atendia o mercado de maior poder aquisitivo.


A História do Renault 19 é vista aqui. 
A História do Mégane de primeira geração. 

E os Mégane II e o Fluence estão no artigo sobre a plataforma C. 
 
A RENAULT FRANCESA DECIDIU SUBSTIUIR O RENAULT 14  pelo Renault 9 que vinha na carroceria sedã de quatro portas, era igual ao modelo argentino, nas versões de acabamento eram GTS e TSE, câmbio manual de cinco marchas e o motor era o Renault Sierra/ Família C 1.4 igual ao vendido na Argentina que gerava 10.8KGFMa3000RPM e 72CVa5250RPM, mantinha o diâmetro x curso, mas taxa de compressão aumentava para 9,2:1 e também tinha carburador de corpo duplo, ao contrário do modelo argentino, suspensão, freios e direção seguem o modelo argentino que já citamos era única opção de motor inicialmente lançada em março de 1981.
O Renault 9 chegava ao mercado francês com motores 1.4 de 72CV e mais tarde o de 60CV e o 1.1 de 48CV.
Em outubro de 1981 na linha 1982 a oferta de versões de acabamento é ampliada com os C, TC, TL e GTL, mas as duas primeiras vem com o Renault Sierra/ Família C 1.1, o seu diâmetro e curso são iguais: 70mm o que totalizavam 1108cm3, a sua taxa de compressão é de 9,2:1 e com carburador de corpo simples ele gerava 8.1KGFMa2500RPM e 48CVa5250RPM e esse motor era longevo na Renault francesa, vamos tratar aqui por "CHT" e o 1.4 ganhava  uma versão "estrangulada" com carburador de corpo simples que gerava 10.4KGFMa3000RPM e 60CVa5200RPM e a taxa de compressão é a mesma dos outros motores já citados aqui na matéria.
 Em outubro de 1982 na linha 1983 nada muda, mas em março de 1983 o Renault 9 ganhava nova grade dianteira, faróis e para - choques e junto com ele trouxe também um Hacht que se chamava Renault 11, nos motores além do 1.1, ele estreava o 1.4 intermediário com 10.8KGFMa3000RPM e 68CVa5250RPM, estreava as versões GTX/TXE com motor 1.7 da família F da Renault com bloco de ferro, cabeçote de alumínio e comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada, o seu diâmetro é de 81mm e o curso é de 83.5mm o que totalizavam 1721cm3, dotado de carburador de corpo duplo e taxa de compressão de 10:1 ele gerava 13.9KGFMa3000RPM e 82CVa5250RPM e por último fez a estreia do motor á diesel: é o motor 1.6 da família F, o seu diâmetro é de 78mm e o curso é de 83.5mm o que totalizavam 1595cm3, dotado de bomba injetora, a sua taxa de compressão é de 10.4KGFMa2250RPM e 55CVa4800RPM e o 11 vinha disponível em duas ou quatro portas.
O 11 chegava ao mercado com motores 1.1 e 1.4 já citados no 9 e estreava o 1.4 de 68CV , o 1.7 de 82CV e o diesel de 55CV e o 1.2 de 54CV e mais tarde o 1.7 de injeção eletrônica e 95CV.

                                O 11 chegava ao mercado francês também com opção de quatro portas.
 

O 9 era reestilizado ganhava nova grade dianteira.
E lembrando que os modelos á diesel eram nas versões TD e GTD, mas em outubro de 1983 na linha 1984 na entrada o 1.1 era trocado pelo 1.2 também da Renault Sierra/ Família C o seu diâmetro cresce para 71.5mm e o curso era o mesmo do 1.4 o que totalizavam 1237cm3, a sua taxa de compressão é de 9,2:1 e com carburador de corpo duplo gerava 9KGFMa3000RPM e 54CVa5250RPM e chegava mais desempenho que as versões Turbo, o motor 1.4 recebia um turbo e carburador de corpo simples e com isso passou a gerar 16.5KGFMa2500RPM e 105CVa5500RPM e taxa de compressão de 8:1 é 10CV mais potente que o modelo argentino, só por curiosidade e na França o sedã 9 também tinha a opção desse motor, atendendo a pedidos de mais desempenho e ganhavam aerofólio, saias laterais e logo "Turbo" nas laterais e traseira.
O 11 Turbo chegava ao mercado francês com motor 1.4 Turbo de 105CV.

O 9 Turbo chegava ao mercado com o mesmo motor do 11.
Em outubro de 1984 na linha 1985 nada muda, em outubro de 1985 na linha 1986 chegava a injeção eletrônica ao motor 1.7 e com isso ele passou a gerar 14.3KGFMa3000RPM e 95CVa5250RPM e a taxa de compressão era de 9,5:1. Em outubro de 1986 na linha 1987 os Renault 9 e 11 ganham nova grade dianteira, faróis e para - choques e nos motores manteve o 1.2, o 1.3, o 1.4 em três configurações, o 1.7 agora apenas com injeção eletrônica e o 1.4 Turbo agora gerava 16.8KGFMa3000RPM e 115CVa5750RPM, mesmo mantendo o carburador de corpo simples.
O Renault 11 ganhava nova grade dianteira e faróis, mas manteve o motor 1.2, 1.4 em três configurações, o 1.7 de injeção eletrônica de 95CV, o 1.4 Turbo que será citado no sedã  e o 1.6 á diesel de 55CV.

O Sedã 9 ganhava nova grade dianteira também e os mesmos motores do 11.

O Sedã 9 também era reestilizado com motor 1.4 Turbo de 115CV.
Em outubro de 1987 na linha 1988 nada muda, em outubro de 1988 com a chegada do Renault 19 ele só fica nas versões: 1.2 e 1.4 com a menor potência(60CV) e em outubro de 1989 ele dá adeus ao mercado francês e o 19 era o sucessor deles nas duas carrocerias, depois vinha o Mégane I, depois veio o Mégane II nas duas carrocerias e depois veio o Mégane III e o Fluence.
NA TURQUIA ELE FOI LANÇADO EM OUTUBRO DE 1983 e com motores igual ao modelo argentino com exceção do 1.6 Turbo, era o Renault 9, mas chegava a década de 1990 e agora ele ficava apenas com motor 1.4, em outubro de 1996 na linha 1997 nova grade dianteira, faróis e para - choques e o motor 1.4 ganhava injeção eletrônica( vou atrás dos dados técnicos para atualizar).
Renault 9 turco com motor 1.4 de injeção eletrônica.
Em outubro de 1997 na linha 1998 nada muda, em outubro de 1998 na linha 1999 nada muda, em outubro de 1999 na linha 2000 nada muda e em outubro de 2000 ele dá adeus, afinal o Clio Symbol(Clio Sedan no Brasil) canibalizou as vendas do Renault 9 e ele deu adeus.
A AMC hoje é extinta, mas já foi dona da Jeep que antes era Willys e vendia e fabricava Renault nos Estados Unidos, ou seja arrumei um "elo de ligação" entre Duster e Renegade, por caso, mas voltando ao Alliance, em junho de 1982 o Renault 9 era lançado nos Estados Unidos, mas ganhava nova grade dianteira, faróis e para - choques e também um novo nome: Alliance e também além do sedã de quatro portas, trouxe o sedã de duas portas exclusiva dos estadunidenses, ele media 4.16metros de comprimentos, mas as outras dimensões repetiam o 9 e o 11 argentinos, no caso aqui o nove, duas opções de câmbio: manual de quatro marchas ou automático de três marchas e a única opção de motor: o Renault Sierra/Família C 1.4 ou "CHT" dotado de injeção eletrônica e com isso gerava 10KGFMa3000RPM e 64CVa5500RPM, mais uma vez a tática do estrangulamento se faz presente nos Estados Unidos, suspensão, freios e direção seguem o modelo argentino.
O Alliance chegava ao mercado americano de início com motor 1.4 de 64CV...

O quatro portas era igual ao Renault 9 europeu só mudava a grade.
Em outubro de 1983 na linha 1984 nada muda, em outubro de 1984 na linha 1985 chegava o Hachtback Encore de duas e quatro portas e o mesmo motor 1.4, na terra dos americanos com motor 1.4? é realmente ficava um pouco embaçado, esse motor.
O Encore chegava ao mercado americano era uma versão americana do 11.
Em outubro de 1985 na linha 1986 chegavam três novidades, a primeira era o câmbio manual de cinco marchas, a segunda era o motor 1.7 de injeção eletrônica multiponto da família F, mas lá nos Estados Unidos ele gerava 13.2KGFMa3000RPM e 79CVa5000RPM e a outra novidade era versão conversível para o modelo da Renault fabricado nos Estados Unidos pela AMC.
Em outubro de 1986 na linha 1987 chegava a versão GTA para as carrocerias hachtback e sedã com duas portas, além do conversível, além do câmbio manual de cinco marchas ou automático de três marchas, trouxeram o 2.nada da família F, apesar de ser da mesma família, é um pouco diferente, o seu diâmetro é de 82mm e o curso é de 93mm o que totalizavam 1965cm3, a sua taxa de compressão é de 16KGFMa3000RPM e 96CVa4800RPM.
O Alliance conversível na versão GTA e motor 2.nada com 96CV.
Mas em março de 1987 a Chrysler de olho na Jeep, resolve comprar a AMC e com isso a Chrysler deixa de fabricar modelos Renault nos Estados Unidos e mais tarde a própria Chrysler acabou passando pelas mãos da Mercedes-Benz e atualmente na mão da Fiat e a Renault jamais voltou aos Estados Unidos e agora são quase 28 anos ausente daquele mercado.
 
 
O Renault 9/11 abriram caminho para os médios da Renault, do qual o Fluence hoje é representante, mas além da fabricação argentina e francesa, teve fabricação turca e foi o último Renault fabricado nos Estados Unidos.
 

 

 

 

 



 

 

 

 


 




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