4200 GT/Uirapuru: O Pássaro voador dos anos 1960 fabricado pela Brasinca e pela STV.
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4200 GT/Uirapuru: O Pássaro voador dos anos 1960 fabricado pela Brasinca e pela STV.


                        O 4200 GT/UIRAPURU PRECISOU DE UM MOTOR DE PICAPE PARA VOAR.
Você que acompanha o blog, você viu os carros que tem parentes no exterior e lógico os fora de série baseados nos Fusca e os Gurgel que tem como base o Fusca, então agora é hora de mostrar sobre os fora de série com base própria e o começa a matéria pelo Uirapuru.
   NA DÉCADA DE 1960 no inicio da nossa indústria automobilista, o carro de melhor desempenho por incrível que pareça era o Willys Interlagos com motor 1.nada de 70CV brutos e superando seis cilindros com o Aero Willys, V8 como o Simca Chambord e o 2.nada 16V  de duplo comando do Alfa 2000 JK, eis que Rigoberto Soler começava a desenvolver um projeto de um esportivo e ele tinha o nome de projeto "Uirapuru", mas como não tinha carro nacional, nas pretensões ele desenvolveu um projeto de chassi próprio para o futuro modelo.
    Eis que em outubro de 1964 é lançado o Brasinca 4200 GT, aliás a Brasinca ficou famosa por fazer a Bonanza e a Veraneio de segunda geração derivada da D20 e a caçamba da Saveiro de primeira geração(chaleira/quadrada), o esportivo tem um visual bonito para época e dotado de chassi de alumínio e carroceria de fibra de vidro, ele media 4.35metros de comprimento, 1.80metros de largura, 1.26metros de altura e 2.59metros de entre - eixos, o câmbio era manual de três marchas com alavanca no assoalho, afinal esse câmbio foi escolhido por que o motor para o pássaro voar, não veio de um carro, afinal não exista carro nacional para as pretensões e com isso o motor escolhido foi o Chevrolet Stovebolt 261 de 4.3 litros, usado na época na Chevrolet Brasil e na Amazona e também na primeira geração de picapes Chevrolet(C14/15 e C10 até 1980), o seu diâmetro é de 92mm e o curso é de 100mm o que totalizavam 4278cm3, a sua taxa de compressão é de 7,3:1, mas ao contrário da picape, em vez de apenas um carburador, ele tinha carburador de corpo triplo e com isso gerava 32.7KGFMa3200RPM e 155CVa4000RPM o motor tem bloco e cabeçote de ferro, comando de válvulas no bloco acionado por varetas é o modelo com cinco mancais, o do Opala já pertence a terceira geração é com sete mancais, a sua suspensão utiliza molas helicoidais e amortecedores de dupla ação, na dianteira independente por braços duplos triangulares e na traseira é dependente por eixo rígido e os freios são a tambor nas quatro rodas, vindos da antiga Amazona.
O 4200 GT chega ao mercado usando o seis cilindros em linha de 4.3 litros com 155CV.
Lembrando que era apenas 12 válvulas, na época duas válvulas por cilindro ele foi lançado como modelo 1965, em outubro de 1965 na linha 1966 nada muda e no mês seguinte ele foi testado, na pista ele foi de 0a100KM/H em 10.4segundos, chegou a 194KM/H  o que era impressionante para época, só para se ter um ideia o Interlagos na época cravou 14.3segundos e chegou a 160KM/H e esse clube dos "190KM/H" só voltaria na década de 1970 e o consumo em terceira a 80KM/H foi de 6KM/L. Em março de 1966 ele deixava ser feito pela Brasinca por que investimento não valia apena, segunda a Brasinca, mas ela continua fazer carro para os outros(Bonanza, Veraneio para GM e a caçamba da Saveiro de primeira geração) e a produção agora ficava a cargo da STV do próprio Rigoberto Soler e mais dois associados e inclusive mantendo o motor, em outubro de 1966 na linha 1977 duas novidades, a primeira e o motor ficava mais potente, passava a gerar 162CV e ganhava a opção da carroceria conversível, se o teto rígido é raro, imagina o conversível....
Aqui um modelo 1965, mas na linha 1967 o motor passava a 162CV.

Aqui o modelo conversível que é raro para caramba.
E com a mudança de fabrica ele resgata o nome de projeto: Uirapuru e em outubro de 1967 o pássaro dava adeus e lógico Rigoberto Soler , agora se dedicava a consultoria automobilística.
COMO SERIA UM UIRAPURU MODERNO?
Vale um exercício de imaginação, o Uirapuro moderno, na minha opinião teria chassi tubular e carroceria de fibra de vidro, a suspensão viria do Camaro independente nas quatro rodas sendo McPherson na dianteira e multilink na traseira, os freios seriam discos ventilados nas quatro rodas como é no Camaro e viria dele, já o motor em vez do V8, seria o V6 3.6 HF Alloytec da TrailBlazer que agora ganhou injeção direta e com a injeção do Camaro V6 americano chegaria a 305CV. mas isso é apenas exercício de imaginação, ao contrário da parte anterior do Uirapuru.
 







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