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Fiscalidade Verde deverá aumentar penetração de veículos elétricos

Entraram em vigor no início do novo ano um conjunto de medidas que incentivam a aquisição de automóveis elétricos, híbridos de Plug-In e movidos a GPL/GNV em detrimento de veículos movidos a gasolina ou gasóleo, como parte da Reforma da Fiscalidade Verde.

Procurando descobrir quais os impactos reais destas medidas na forma como as empresas gerem as suas frotas automóveis, a LeasePlan apresentou o estudo “A Fiscalidade Verde e as oportunidades para as frotas empresariais”, onde concluiu que saber escolher a alternativa mais indicada aos combustíveis tradicionais pode representar vantagens para as empresas nos custos totais de utilização (TCO) das suas frotas.

Entre as principais alterações existentes, estão a descida de 12% nos TCO dos automóveis elétricos (dedução 100% do IVA), algo para que contribuiu a queda neste valor dos impostos, que passa de 14% em 2014 para 3% em 2015. No caso dos Plug-In a diferença é ainda superior, com os custos operacionais destes automóveis a sofrerem um decréscimo de 24% (dedução total do IVA e novas taxas de tributação autônomas reduzidas) e o impacto dos impostos a passar de 39% para 20%. Nos veículos que fazem uso do GPL/GNV, os custos totais de utilização representam menos 6% em 2015 (dedução a 50% do IVA e também taxas de tributação autônoma inferiores), enquanto as taxas fiscais passam a representar 23%, ao invés dos 27%.

A LeasePlan descobriu também quais as principais alternativas existentes nos vários segmentos aos modelos “tradicionais”, confirmando que as contas diferem nos diversos estratos de mercado.Assim, nos familiares pequenos os automóveis elétricos conseguem ser uma alternativa, já que os seus TCO serão similares aos dos automóveis a diesel, enquanto no segmento dos familiares pequenos premium os modelos 100% elétricos podem representar uma poupança de 12%. No caso dos familiares médios são os GPL/GNV que significam o maior ganho, já que podem significar um gasto total inferior em 22% comparativamente aos diesel.

Caso o automóvel em causa esteja integrado nos familiares médios premium, a melhor opção são os híbridos de Plug-In, que conseguem às empresas uma poupança de 7% nos custos totais de utilização em comparação aos automóveis movidos a gasóleo. No caso dos comerciais ligeiros, verifica-se que os automóveis diesel são a opção mais indicada, já que continuam a beneficiar da dedução a 100% do IVA e da isenção das taxas de tributação autônoma.

Considerando que, devido ao seu preço superior, o crescimento do volume de vendas destas viaturas vai ter sempre relação direta com os incentivos existentes, a LeasePlan recorda também que certas medidas deixam as empresas relutantes em tomar a decisão de compra de veículos elétricos. “Subsiste o sentimento de incerteza no que concerne aos incentivos/tributação, atendendo a que, por exemplo, de 2013 para 2014 o governo decidiu aumentar as taxas de tributação automóvel não apenas para as novas aquisições mas para todo o parque circulante”, pode ler-se no relatório da gestora de frotas. A falta de uma oferta completa de modelos elétricos capaz de abranger todos os segmentos de uma frota-tipo de uma empresa é outro dos principais entraves apontados pela LeasePlan à introdução de automóveis mais ecológicos.

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Publicado no Verdesobrerodas
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