Carros
RETROSPECTIVA 2012 - COMPARATIVO - SEDANS COMPACTOS
Texto: Gustavo do Carmo
Fotos: Divulgação
Dados de teste: Revista Quatro Rodas e Carro Hoje
Desde o início do ano estava planejando fazer um "comparativão" com todos os sedans compactos do mercado brasileiro. Pretendia reunir dez modelos e até dividir o comparativo em duas partes.
Só que antes precisei esperar pela renovação do Grand Siena e o face-lift do Voyage, que demorou e só chegou em agosto. Veio também o Toyota Etios, que merecia uma participação. Eu queria incluir ainda os Renault Logan e Symbol, o Peugeot 207 Sedan (antigo Passion), o JAC J3 e até o Chery Cielo.
Entretanto, o Logan ganhou novo motor e eu ainda não tenho o teste. Sem ele, que já está marcado para renovação, também não faz sentido incluir o irmão Symbol, que anda meio esquecido; o 207, que vai sair de linha; o JAC, que passou por um face-lift na China e deve chegar no ano que vem ao Brasil; e o conterrâneo Cielo, que está sendo chamado por recall por causa do amianto em suas peças. Os modelos antigos serviriam de referência para o mercado de usados.
Assim, acabei decidindo reunir os modelos mais recentes e populares, mesmo: Chevrolet Cobalt LTZ 1.4, Fiat Grand Siena Attractive 1.4, Nissan Versa SL 1.6 1.6 16v, o novo Toyota Etios 1.5 16v na versão XS e o Voyage 1.6, já com a leve reestilização. De dez imaginados, acabei comparando a metade, sendo dois com motores 1.4, dois 1.6 (um com oito e outro com dezesseis válvulas) e um 1.5.
5º Chevrolet Cobalt LTZ 1.4 EconoFlex VHCE
Se eu tivesse colocado o motor 1.8 neste comparativo o Cobalt ficaria em terceiro lugar e não em último. Isso porque o Grand Siena também estaria com motor 1.6. Se o Fiat continuasse com motor 1.4, o Chevrolet ficaria em segundo.
Mas foi preciso dar equilíbrio e colocar versões mais acessíveis. Por isso, escolhi o 1.4. O LTZ só entrou porque eu queria comparar modelos que tivessem no mínimo ar condicionado, direção hidráulica e trio elétrico. O LS é quase pelado (não tem nem vidros elétricos na frente) e o LT não tem retrovisores elétricos e vidros automáticos nas portas traseiras. A versão de topo custa R$ 45.460 com pintura metálica. Além desses equipamentos essenciais, traz rádio com tocador de CD e MP3, Bluetooth, airbags frontais, freios ABS com EBD, computador de bordo, faróis de neblina, alarme e abertura das portas e porta-malas por controle remoto, volante e banco do motorista com regulagem de altura e rodas de liga-leve de 15 polegadas. É o mais caro. Em compensação, é o mais equipado, junto com o Versa. Mas fica devendo o travamento das portas em movimento (presente no Versa e no Grand Siena) e o sensor de estacionamento, que é exclusivo do motor 1.8 e é opcional no Siena e no Voyage (que no novo modelo ganhou seus gráficos integrados no display do rádio).
Também cara é a sua manutenção. Somando as revisões até os 30 mil quilômetros (R$ 1.028) e o pacote de peças de reposição (R$ 3.140), divulgados pela revista Carro Hoje, o Cobalt 1.4 tem o custo total de R$ 4.168. O acabamento, com muitos plásticos duros e pouco tecido nas portas, só não é pior que o do Toyota Etios. O ruído também é alto: 61,2 decibéis a 80 km/h, o maior dos cinco, apesar de eu ter declarado empate técnico com o Versa (61 dB).
O Chevrolet com motor 1.4 (97 cv com gasolina e 102 cv com álcool) também foi fraco no desempenho e no consumo. Acelerou de 0 a 100 km/h em 13,5 segundos e retoma entre 80 e 120 km/h em 18,8 seg. Só foi mais rápido que o Grand Siena. O consumo é de 7,2 km/l na cidade e 9,9 km/l, aí já empatado na média com o Fiat. A frenagem de 28,9 metros a 80 km/h só é melhor que o Versa, mas fica em terceiro lugar, empatada tecnicamente com os 28,7 m do Voyage. Todos esses números, mais o de ruído, são da revista Quatro Rodas.
Além da lista de equipamentos de série, o Cobalt se destaca apenas no porta-malas de 563 litros (um a mais que o Etios) e no espaço interno, superado somente pelo Versa. Suas linhas são modernas. Chama atenção de frente, a traseira alta com lanternas verticais agrada, mas são muito comportadas no perfil. Versa e Grand Siena são mais ousados no estilo. Quando o acabamento melhorar, o Cobalt ficará mais interessante, desde que se pague mais pelo motor 1.8 e o câmbio automático.
FICHA TÉCNICA
Motor: Quatro cilindros, transversal, flex, 1.389 cm³, 8 válvulas
Potência: 97 cv (gasolina) e 102 cv (álcool)
Aceleração de 0 a 100 km/h: 13,5 segundos (álcool)
Velocidade máxima: 170 km/h
Consumo Médio: 7,2 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada (álcool)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,48/1,74/1,51/2,62 m
Porta-malas: 563 litros
Tanque: 54 litros
Preço: R$ 45.460
4º Fiat Grand Siena Attractive 1.4 Evo
Outra escolha que vai gerar polêmica. Por que o Attractive 1.4 e não o Essence 1.6 Dualogic para representar o Grand Siena? Primeiro porque, repito, quis equilibrar o comparativo. E segundo porque eu queria saber como se sairia o motor 1.4 Evo contra os seus concorrentes mais baratos. O Essence 1.6 participou do confronto contra os sedãs compactos premium e ganhou. A ideia foi colocar o Essence para concorrer com os
premium (Sonic, New Fiesta e City. O JAC J5 também participou) e o 1.4 para disputar com os mais acessíveis.
Se o Essence se destacou naquele desafio por ser o mais barato mesmo com todos os opcionais, o Atractive não teve a mesma sorte. Completo, ele custaria mais de R$ 47 mil e ficaria bem mais caro que o Cobalt. Mas passaria a ter melhor relação de equipamentos.
Exigindo somente a pintura metálica, o ar condicionado, os retrovisores e vidros laterais traseiros elétricos, que são opcionais, ele custa apenas R$ 41.747. Comprando os espelhos você leva o som com CD e MP3, mas tem que optar pelo rádio com ou sem Bluetooth. Esse preço inclui o dispositivo. As rodas de liga-leve também são opcionais, tal como o teto solar elétrico, novidade da linha 2013. Direção hidráulica, vidros elétricos na frente e travas por controle remoto são de série, assim como a abertura do porta-malas também pela chave canivete, o computador de bordo, volante regulável em altura, os airbags frontais e os freios ABS com EBD. No custo-benefício fica em posição intermediária.
O porta-malas de 520 litros só fica atrás do Cobalt e do Etios. Mas o espaço interno, apesar de ter aumentado em relação ao Siena antigo, só é melhor que o do Voyage.
O motor 1.4 Evo é o mais fraco dos cinco. Rende apenas entre 85 e 88 cavalos. Consequência disso é o pior desempenho, com aceleração de 14,4 segundos e retomada de 22,9 seg. O consumo é rigorosamente igual ao do Cobalt na soma das médias dos percursos cidade/estrada, registradas pela Quatro Rodas. Só que na cidade a média é de 7,6 km/litro e na estrada 9,5 km/l. A publicação da Editora Abril testa todos os carros com álcool. Ambos ficaram em penúltimo lugar. Já no custo de manutenção, o Fiat só supera o Chevrolet cobrando R$ 3.268 (2.588 + 680). Informação da Carro Hoje.
Entre os pontos fortes do Grand Siena Attractive estão a frenagem de 27,7 metros e o nível de ruído de 59,2 decibéis, ambos a 80 km/h, também segundo a Quatro Rodas. Neste último, ele só foi superado pelo Voyage, com 58,4 dBA. Na prova de segurança, o Fiat foi absoluto. Como destaque neste item, ele é um dos únicos a oferecer apoio de cabeça no meio do banco de trás, mas fica devendo o cinto de segurança de 3 pontos no mesmo lugar. Situação inversa no Versa.
O acabamento interno deixa a desejar nos cinco modelos do comparativo. Mas o do Grand Siena é melhor no painel, com textura mais agradável no plástico. O tablier pode receber faixa colorida na parte inferior. Mas o revestimento das portas dá um aspecto muito simples ao modelo da Fiat, que empata com o Nissan Versa, que também é exatamente o contrário: caprichado nas portas, mas pobre no painel.
O Grand Siena é mais do que a versão três volumes do novo Palio. Do hatch ele só ganhou as formas do painel, ainda assim, com saídas de ar diferentes. Na frente, recebeu faróis puxados e grade aberta no capô com faixa cromada no topo. De perfil lembra muito o sedã médio do Linea. Parece até a sua versão em miniatura. E a traseira manteve o formato horizontal, com lâmpadas de LED. É mais encantador que o Cobalt, mas fica muito conservador perto do Versa. Pelo menos ficou em segundo.
O motor 1.4 e a falta do ar condicionado na versão Attractive fizeram tanta diferença na sua essência, que, contrariando o nome da versão mais simples, a opção mais atrativa é a Essence, com motor 1.6 16v e com câmbio automatizado Dualogic. Com câmbio manual ainda é mais barata (R$ 40.420).
FICHA TÉCNICA
Motor: Quatro cilindros, transversal, flex, 1.368 cm³, 8 válvulas
Potência: 85 cv (gasolina) e 88 cv (álcool)
Aceleração de 0 a 100 km/h: 14,4 segundos (álcool)
Velocidade máxima: 175 km/h (álcool)
Consumo: 7,6 e 9,5 km/l com álcool
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,29/1,70/1,51/2,51m
Porta-malas: 520 litros
Tanque: 48 litros
Preço: R$ 41.747
3º Volkswagen Voyage 1.6 VHT
O modelo mais esperado do comparativo, responsável até por atrasá-lo, ficou em terceiro lugar. A sua carroceria é a mais antiga dos cinco: data de 2008. Ofuscada pelo Cobalt, o Grand Siena e o Versa, só é mais bonita que o estranho Etios. Por isso que o sedã da Volkswagen é o único que já passou por uma leve reestilização frontal, que o deixou visualmente próximo aos irmãos da marca, e também na traseira, com prolongamento nas lanternas e assim ficou muito parecido com o Fiat. O acabamento é bom nas portas, mas rústico no painel. Fica atrás dos empatados Grand Siena e Versa.
Como foi projetado antes das concorrentes priorizarem o espaço interno para as pernas, o Voyage tem exatamente esta limitação, que é um dos seus pontos fracos. O porta-malas de 480 litros só é melhor que o do Versa.
Outro ponto fraco está na lista de equipamentos, muitos deles opcionais, como o ar condicionado, retrovisores elétricos e até direção hidráulica. Os vidros elétricos são de série só na frente. Pelo menos as travas elétricas vêm de fábrica, mas sem controle remoto. O preço não é tão alto com esses equipamentos essenciais: custa R$ 41.724, em terceiro lugar, empatando tecnicamente com o Grand Siena. Com o câmbio automatizado i-Motion, chega a R$ 44.324.
A manutenção barata é um dos seus destaques, empatando rigorosamente na soma do pacote de peças e da revisão até os 30 mil km com o Versa: R$ 3.214. No caso do Voyage, as peças ainda custam menos (R$ 2.443), e as revisões R$ 771. No Nissan, a soma é de R$ 2.517 e R$ 697. A dupla só fica atrás do Toyota Etios.
Mas não é só. O motor 1.6 VHT (só o 1.0 que ganhou modificações e agora é chamado de TEC) é o segundo mais potente (101 e 104 cavalos). A aceleração de 0 a 100 km/h é mediana, de 12,2 segundos, mas o câmbio i-Motion, presente no Voyage testado pela Quatro Rodas, deu uma mãozinha (literalmente seria o contrário): retomada entre 80 e 120 km/h em 9,5 segundos e ele ficou com o segundo melhor desempenho. O consumo de 8,3 km/l na cidade e 11,3 km/l na estrada só fica atrás do Etios, mas empatado tecnicamente com o Versa. A frenagem a 80 km/h de 28,7 metros ficou no meio caminho, mas o nível de ruído de 58,4 decibéis na mesma velocidade foi o responsável pela sua única vitória.
A reestilização deu outra cara ao Voyage, que ficou mais luxuoso por fora, mas o sedã da Volkswagen deve agradecer pelo seu terceiro lugar no comparativo ao bom e confiável motor 1.6.
FICHA TÉCNICA
Motor: Quatro cilindros, transversal, flex, 1.598 cm³, 8 válvulas
Potência: 101 cv (gasolina) e 104 cv (álcool)
Aceleração de 0 a 100 km/h: 12,2 segundos (álcool)
Velocidade máxima: 191 km/h (álcool)
Consumo: 8,3 km/l na cidade e 11,3 km/l na estrada
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,21/1,65/1,46/2,46 m
Porta-malas: 480 litros
Tanque: 55 litros
Preço: R$ 41.724
2º Toyota Etios XS 1.5 16v
A Toyota projetou o Etios achando que o brasileiro tem a mesma preferência do consumidor indiano, onde o primeiro compacto da marca japonesa a ser vendido no Brasil nasceu. Por isso, chegou para nós com estilo antiquado (Muito parecido com o Renault Logan. Só a grade sorridente que desperta simpatia), acabamento muito pobre e rústico, tecidos dos bancos muito frágeis e quadro de instrumentos analógico no centro, chutando pra longe a boa ergonomia.
O motor 1.5 16v só não é pior do que o 1.4 do Grand Siena. Rende 92 cavalos com gasolina e 96,5 cv com álcool. Mas o seu desempenho não é tão ruim. Acelera de 0 a 100 km/h em 11,7 segundos e faz a retomada de 80-120 km/h em 16,3 seg. Só perdeu para os 10,9 do Versa e os 9,5 segundos do Voyage com câmbio automatizado.
O consumo é o seu primeiro destaque. Ninguém fez média melhor ou praticamente igual que os 9 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada do Etios. A segunda melhor frenagem, de 28,1 m a 80 km/h, só perde para o Grand Siena. E o nível de ruído na mesma velocidade, de 59,9 decibéis só é mais alto que o Voyage e o Siena.
O menor custo de manutenção cobrado pela Toyota, na verdade, cumpriu uma obrigação. Um carro com acabamento tão simples e frágil tinha que ter peças baratas mesmo: R$ 2.349,70 de pacote e R$ 643,50 de revisões, preço que eu mesmo apurei com a concessionária da marca Kaizen, do Rio (meus agradecimentos). A garantia é de 3 anos (aliás, destes cinco só a Volks e a Fiat oferecem apenas um). Ai da montadora japonesa se o serviço fosse caro e a garantia fosse curta!
O porta-malas é outro ponto forte do Etios: 562 litros, apenas um a menos que o do Cobalt, com quem ficou empatado tecnicamente. O Toyota é bem espaçoso, mas fica atrás do Versa e do Chevrolet.
A versão escolhida para comparar o Etios foi a XS, a primeira que tem ar condicionado de série, direção hidráulica e vidros/travas elétricos. O japonês fabricado em Sorocaba não tem retrovisores elétricos, regulagem de altura do banco do motorista e do volante e computador de bordo nem na versão top XLS. Por R$ 41.490 é apenas 200 reais mais caro que o Versa. o mais barato. Tem entre outros equipamentos direção elétrica progressiva, airbags frontais, freios ABS com EBD e rádio CD/Player com MP3.
O Etios, feito para os indianos, é pobre em acabamento, mas ainda tem a qualidade mecânica da Toyota, que consagrou o Corolla, líder de vendas entre os sedãs médios, e lhe deu o vice-campeonato do comparativo, embora com sete pontos a menos que o campeão, o Nissan Versa.
FICHA TÉCNICA
Motor: Quatro cilindros, transversal, flex, 1.496 cm³, 16 válvulas, DOHC
Potência: 92 cv (gasolina) e 96,5 cv (álcool)
Aceleração de 0 a 100 km/h: 11,7 segundos (Quatro Rodas, com álcool)
Velocidade máxima: não divulgada
Consumo: 9 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,27/1,70/1,51/2,55 m
Porta-malas:562 litros
Tanque: 45 litros
Preços: R$ 41.490
1º Nissan Versa SL 1.6 16v
Campeão do comparativo com sobras, ganhando mais da metade dos itens analisados (7 de 12), o Nissan Versa encanta logo pelas linhas arrojadas no perfil e na traseira, as mais atraentes dos cinco sedãs compactos aqui desafiados. Por dentro, ele é o rei da folga para as pernas dos passageiros de trás. Foi ele que serviu de inspiração para o Cobalt e o Grand Siena oferecerem mais espaço interno num sedã compacto. O acabamento é superior nas portas, mas decepciona no painel, de aparência muito simples. Por isso, divide a vitória no item com o Grand Siena.
Na parte mecânica, seu motor 1.6 16 válvulas é o mais potente, com 111 cavalos, independente do combustível escolhido no tanque. Ele ainda lhe deu a melhor aceleração: 0 a 100 km/h em 10,9 segundos. A retomada de 80 a 120 km/h foi cumprida em 16,7 segundos, a apenas 4 décimos do Etios e perdendo somente para o Voyage, que estava com câmbio automatizado.
A sua relação custo-benefício também é a melhor. A versão intermediária SV já seria suficiente pelo menor preço e a boa lista de equipamentos. Sai por R$ 38.490 e só não tem freios ABS. Mas pagando R$ 41.290 você leva o sistema antitravamento junto com o assistente de frenagem em emergência e iguala subjetivamente a sua lista ao Cobalt. Só ficam faltando o sensor de estacionamento e o computador de bordo. Ar condicionado, direção elétrica progressiva, trio elétrico, som com CD e MP3, airbags frontais e fixação ISOFIX de cadeiras infantis são os seus principais equipamentos.
A manutenção (R$ 2.517 de peças mais R$ 697 de revisões) tem o mesmo custo do Voyage. Juntos só perdem para o Etios. Já o consumo também é bom (8 km/l na cidade e 11,5 km/l na estrada) e novamente só fica atrás do modelo da Toyota.
Começando a falar dos defeitos, o nível de ruído a 80 km/h de 61 decibéis é apenas dois décimos melhor que o do Cobalt, o mais elevado. Empate técnico na penúltima posição. Entre os dois itens em que o Versa ficou em último temos um dinâmico e um estático. Na frenagem, mesmo com freios ABS com EBD e assistente de frenagem de emergência, o Versa passou vergonha ao ser o único a parar em mais de trinta metros (32m). A outra pior colocação não chega a ser um vexame: porta-malas de 460 litros (20 a menos que o Voyage). O amplo espaço interno cobrou seu preço.
Por fim, chegamos ao pior defeito do Versa. E não é culpa da Nissan, que está tentando resolver o problema, construindo uma fábrica em Resende, aqui no estado do Rio de Janeiro. A culpa é do nosso próprio país, que reclamou que estava perdendo dinheiro com o acordo com o México, origem do Versa, e exigiu cotas. O resultado é que a Nissan já estourou a sua cota e o desembarque do sedã e seu irmão hatch March está suspenso até o final do ano para não pagar imposto de importação.
Chega a ser irônico que o vencedor deste comparativo por critérios técnicos só se torne uma boa opção de compra na virada do ano. Que fique pronta logo a fábrica do Rio.
FICHA TÉCNICA
Motor: Quatro cilindros, transversal, flex, 1.598 cm³, 16 válvulas
Potência: 111 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,9 segundos (com álcool)
Velocidade máxima: 189 km/h
Consumo: 8 km/l na cidade e 11,5 km/litro na estrada (álcool)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 4,45/1,69/1,51/2,60 m
Porta-malas: 460 litros
Tanque: 41 litros
Preço: R$ 41.290
Minha Escolha
É o Nissan Versa, pelo seu amplo espaço, suas linhas atraentes, o acabamento das portas e, principalmente, o custo-benefício. Pena que eu teria que esperar até o ano que vem, pois ele já está em falta por causa da cota de importação do México estourada.
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