Mas por que o Uno 1.5/1.6 R é considerado esportivo de verdade e o Uno Sporting não que tem a mesma potência?

Onde entra o Uno R nessa história, vamos a ele em outubro de 1986 na linha 1987 a Fiat lançava o Uno 1.5 R com o motor Sevel/ACT 1500 com bloco de ferro, cabeçote de alumínio e comando de válvulas simples no cabeçote acionado por correia dentada só que no Uno R ganhou comando de válvulas mais bravo e com isso passou a gerar 12.9KGFMa3500RPM e 86CVa6000RPM em relação ao 1500 usado em Premio e Elba de época ele gerava 12.3KGFMa3000RPM e 71CVa5500RPM e em comparação ao Uno CS 1300 que usava o Fiasa 1300 ele gerava 10KGFMa2600RPM e 60CVa5600RPM, você sabe que o Sevel é muito popular na Argentina e no Brasil ganhou o apelido de "VTEC de pobre"(o que é um elogio) graças a facilidade de girar alto, vide preparações na Argentina com giros bem altos, ou seja não dá para dizer que é um esportivo de adesivo, talvez seja um esportivo limitado em comparação ao Gol GTS/GTi e Monza S/R/Kadett GS que são seus rivais contemporâneos, mais ou menos o que ocorre  com o Bravo T-JET hoje em dia.

  Em outubro de 1988 na linha 1988 o comando de válvulas mais bravo é estendido a Elba e Premio, mas não é estendido para o resto da linha Uno, em outubro de 1989 na linha 1990 o Fiasa 1500 entra no lugar do 1300 em versão á gasolina gerava 11.9KGFMa2750RPM e 67CVa4750RPM e a versão á álcool gerava 12.9KGFMa2750RPM e 71CVa4750RPM e o 1.5 R virava 1.6 R, em referência ao Sevel 1600 em versão á gasolina gerava 13.2KGFMa3250RPM e 84CVa5600RPM e na versão á álcool gerava 13.7KGFMa2750RPM e 88CVa5600RPM eis mais um caso de coincidência aqui, a potência do Uno 1.6 R é a mesma do Uno Sporting de hoje, o mesmo caso ocorre com Fox Pepper e Gol GTi que situação embaraçosa não? mas ainda a Fiat tem o Punto T-JET pelo menos.

Março de 1991 chegava o CSL de quatro portas e aí o Uno R virava um "esportivo de adesivo", mas em outubro de 1991 chegava o catalizador e com isso o 1.6 passava a gerar 80CV na versão á gasolina e 84CV na versão á álcool que era exclusiva do R, mas em outubro de 1992 na linha 1993 era vez do 1.6 R mpi, a injeção eletrônica multiponto chegava ao Sevel 1600 e com isso passou a gerar 13KGFMa3500RPM e 92CVa5750RPM a injeção eletrônica era exclusiva do R e voltava a ser um esportivo de verdade, embora limitado tecnicamente  em comparação ao CSL 1600 que mantinha o carburador que afinal era a versão logo abaixo.

E seguiu até outubro de 1994 na linha 1995 quando a Fiat decidiu substituir o CSL e o R pelo 1.6 mpi como opção de luxo e abaixo do Turbo que será tema em outra oportunidade. lógico negligenciar Punto T-JET e 500 Abarth seria falta de ética, mas pô poderiam ao menos ter instalado o E-Torq 1.6 16V do Uno ou usar o cabeçote 16V do 500 Multiair aspirado, a primeira opção uniria custos e poderia ressurgir a sigla famosa e pela primeira vez fizemos de um mesmo carro: Uno.